Retorno de Robinho ao Santos gera onda de críticas por condenação do jogador na Itália
Robinho foi condenado em primeira instância na Itália por participar do estupro coletivo de uma libanesa em 2013
O anúncio feito pelo Santos de que Robinho está de volta ao time ganhou repercussão dentro e fora das redes sociais. A postagem, feita no sábado (10), foi invadida por críticas e reações negativas à contratação. O jogador foi condenado em primeira instância na Itália a nove anos de prisão por participar do estupro coletivo de uma libanesa, cometido em uma boate em 2013. De acordo com a sentença, que saiu em 2017, outros cinco brasileiros estavam envolvidos no crime. Na internet, o Santos foi acusado de hipocrisia pelos internautas, que lembraram as campanhas realizadas pelo clube de conscientização sobre a violência contra as mulheres.
À Jovem Pan, o candidato à presidência do Santos Milton Teixeira Filho disse que, se já estivesse no cargo, discutiria a contratação amplamente com os integrantes do time e a sociedade, antes de tomar uma decisão. “Sem dúvida alguma, como torcedor, eu traria. Como presidente faria uma análise, uma reflexão com o comitê de gestão e outros departamentos. Faria pesquisa com o torcedor e associados para tomar uma decisão em relação à contratação e a vida do Robinho”, disse. A vinda de Robinho para o Brasil levanta dúvidas sobre o que pode acontecer.
O advogado criminalista Henrique Tiraboschi explica que o jogador não deve ser extraditado para a Itália para cumprir a pena porque a Constituição proíbe a extradição de brasileiros natos. Por outro lado, Robinho poderia ser preso no Brasil, se a Justiça italiana acionasse a brasileira. Mas, para isso, é preciso que o caso seja julgado em todas as instâncias na Itália, até que não caibam mais recursos. Nas redes sociais, a advogada do atacante, Marisa Alija, defendeu a contratação dele e disse que não há uma condenação definitiva. Marisa afirmou, ainda, que Robinho não pode ser preso porque não há um pedido expedido pela Justiça.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
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