Petrúcio Ferreira e Evelyn Oliveira serão os porta-bandeiras do Brasil na abertura das Paralimpíadas

Atletismo e bocha estarão representados na cerimônia; assim como nas Olimpíadas, delegação só terá quatro pessoas

  • Por Jovem Pan
  • 17/08/2021 00h05
Reprodução/ Comitê Paralímpico Brasileiro Evelyn Oliveira e Petrúcio Ferreira Evelyn e Petrúcio estão em sua segunda Paralimpíada da carreira

Nesta segunda-feira, 16, o Comitê Paralímpico Brasileiro definiu o casal que irá representar o país na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Os medalhistas Petrúcio Ferreira, do atletismo, e Evelyn Oliveira, da bocha, serão os porta-bandeiras do país no próximo dia 24, no Estádio Nacional do Japão, às 8h (horário de Brasília). Assim como na abertura da Olimpíada, a delegação brasileira não irá participar em sua totalidade. Além dos porta-bandeiras, também estarão presentes a técnica da classe BC4 da bocha e staff da atleta Evelyn, Ana Carolina Alves, e o diretor técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Alberto Martins. Petrúcio é velocista da classe T47 (para amputados de braço) e tem dois ouros no Parapan de Toronto 2015 nos 100m e nos 200m. Em sua estreia nos Jogos Paralímpicos, no Rio 2016, sagrou-se campeão nos 100m e prata nos 400m e no revezamento 4x100m.

“Na minha segunda edição de Jogos e já ter essa honra. Fica difícil descrever o tamanho da alegria, representar toda uma nação, todos os atletas, e todo o Movimento Paralímpico e para as pessoas com deficiência. Seria ainda mais legal se tivesse público [no estádio], mas é um privilégio só estar lá com a bandeira do nosso país, fico sem palavras”, afirmou Petrúcio ao site oficial do CPB. Ele sofreu um acidente em uma máquina de moer capim quando tinha dois anos e perdeu parte do braço esquerdo. Já Evelyn tem o ouro nos pares na Copa América 2015, em Montreal, e o ouro no individual e nos pares nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. Na Rio 2016, ajudou o Brasil a conquistar a medalha de ouro nas duplas mistas na classe BC3, ao lado de Evani Soares e Antonio Leme.

“Para mim, uma honra muito grande poder representar todos os atletas. Estava no jantar quando fui chamada para receber o convite. Na hora, até pensei que tinha cometido algum erro. Não esperava participar sequer da abertura dos Jogos”, vibrou a atleta da classe BC3 da bocha. Diagnosticada com atrofia muscular espinhal, doença congênita que a fez perder os movimentos dos membros inferiores e ter limitações de força nos superiores, Evelyn acrescentou ainda a importância de ser porta-bandeira para a sua modalidade. “É uma conquista muito grande. A bocha tem conquistado um espaço muito grande e eu acredito que seja mérito de todos os atletas. Eu serei a porta-bandeira, mas estarei representando uma grande classe de atletas que contam com nomes que abriram caminho para a gente, como Dirceu, Eliseu, e Maciel”, finalizou.

Brasil levará a segunda maior delegação da história para Tóquio

A delegação paralímpica brasileira será composta por 260 atletas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro), sendo 164 homens e 96 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 434 pessoas. Essa é a segunda maior delegação da história do país em Jogos Paralímpicos, ficando atrás apenas da que se apresentou na Rio 2016 com 286 atletas. O objetivo do CPB é se manter entre as dez principais potências do planeta nos Jogos (melhor resultado foi em Londres 2012 com o sétimo lugar geral). Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 começam no dia 24 de agosto e terminam em 5 de setembro. No Brasil contarão com a transmissão ao vivo dos canais SporTV.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.