O Covidão vira cabo eleitoral da oposição e fortalece o crime institucionalizado

CPI da Pandemia apequena o Senado e tende a agravar a guerra de todos contra todos os poderes

  • Por Jorge Serrão
  • 28/04/2021 15h15
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - 27/04/2021 Vestidos com traje social, oss senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) se alinham lado a lado, todos em pé, e, frente a microfones de veículos de imprensa Os senadores Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros, respectivamente vice-presidente, presidente e relator da CPI da Covid-19

O maior e principal inimigo do Brasil é o sistema do crime institucionalizado. Trata-se da associação delitiva entre membros criminosos de toda espécie e membros da máquina estatal, principalmente a classe política nos três poderes, nos níveis federal, estadual e municipal. O Mecanismo é comandado pelo estamento burocrático, por meio de seus agentes internos e externos, principalmente o Poder Real que sempre controlou o Brasil de fora para dentro. A certeza é que o crime só se organiza na “comparceria” com o Estado. O resto é ilusão.

O jogo criminoso tem seu marketing e modus operandi próprio. Políticos desviam a atenção do povo para assunto diverso daquele que é vital, enquanto o regime do crime institucionalizado cumpre sua missão originária: “roubar” todos os recursos possíveis da nação. O esquema conta com a colaboração, ativa ou passiva, da mídia hegemônica – que se desmoraliza a cada dia perante a opinião pública. A mais recente jogada ilusória, a CPI do Covidão, surgiu para criar uma realidade aparente focada em desgastar o governo Jair Bolsonaro até o presidente não aguentar mais e, pressionado psicologicamente, terminar induzido a um erro que justifique sua queda antecipada ou a derrota eleitoral em 2022.

O jogo é de realidade aparente. A mídia veicula notícias e veicula factoides, mas nada é verdadeiro. Tudo parece, mas não é. A narrativa faz o suposto “fato” ser verossímil. Esconde-se o que é bom, e divulga o que é ruim. A guerra psicológica leva você a acreditar que a pauta midiática e seu noticiário repetitivo à exaustão tem ares de “verdade”. Eis a guerra psicológica e emocional, tudo muito sutil. A realidade é corrompida pela versão deturpada dos acontecimentos. O crime institucionalizado se aproveita disso. Os bandidos profissionais e organizados se escondem atrás de uma suposta legalidade no aparato estatal. O crime se confunde com a máquina estatal. Os bandidos operadores se disfarçam de dirigentes, políticos e ideólogos.

Esse é o jogo real no Brasil. Até algum tempo atrás era oculto, quase imperceptível pela maioria da população. Os sucessivos escândalos de corrupção, depois do impune Mensalão e da Lava Jato (em processo de desmoralização), fizeram as pessoas despertarem para a realidade cruel do regime do crime institucionalizado no Brasil. As mudanças vão ocorrer na proporção direta em que crescer a indignação, revolta e poder de pressão popular. Uma crise sanitária, com consequências econômicas danosas, como é o caso do pandemônio do vírus que veio da China, colabora para aumentar a insatisfação da maioria da população. Quem não lucra com a crise — e paga as contas mais amargas — exige mudança urgente.

A revolução brasileira está em andamento. A prematura antecipação da sucessão presidencial de 2022, junto com canalhice prevista na CPI do Covidão, tende a acelerar o processo de polarização política, radicalização e revolta popular. As pré-condições para a deflagração oficial de uma guerra civil já estão em formação e consolidação. A velocidade do processo vai depender de como serão interpretados e sentidos os próximos golpes que o regime do crime institucionalizado promoverá para derrubar ou derrotar Jair Bolsonaro — o alvo prioritário a ser batido e abatido pelo establishment. A liberdade do brasileiro está em xeque-mate. No entanto, o crime institucionalizado está na berlinda. O Covidão virou cabo-eleitoral da “oposição”. O jogo (bruto) é jogado…

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