Adolescente é agredido até a morte dentro de escola em São Paulo

  • Por Agencia Brasil
  • 10/03/2015 15h17
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Está sendo velado nesta terça (10) o adolescente de 14 anos morto depois de ser agredido por colegas de escola na quinta-feira passada. Ele estava internado no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, na Região Metropolitana de São Paulo, depois de dar entrada com parada cardiorrespiratória. Ele também teve uma hemorragia cerebral.

A prima do menino, Jéssica Marcela Nogueira, disse ter um documento que confirma o diagnóstico causado por agressão física, além de testemunhas que teriam visto a agressão dentro da Escola Estadual Doutor José Eduardo Vieira Raduan.

“Está escrito bem legível que foi agressão. Agora esperamos o laudo do Instituto Médico Legal para deixar mais claro. Bateram muito nele e causaram perfuração no pulmão, além de furarem uma veia da cabeça. Foi muito feio. Há colegas que disseram que ele foi agredido em um dos corredores da escola”.

Segundo ela, o adolescente teria relatado em anos anteriores que sofria agressões verbais na escola por ser criado por dois homossexuais, mas neste ano não havia falado nada. “Dois meninos foram em casa pedir desculpas. Sabemos de outros quatro que participaram. A escola omite e diz que não houve briga e sim uma pequena discussão”, contou.

A Secretaria Estadual da Saúde, confirmou que o adolescente deu entrada na última quinta-feira no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos com parada cardiorrespiratória e passou por um processo de reanimação. Os exames detectaram que o garoto teve hemorragia, mas sem apresentar sinais aparentes de agressão física. Entre a data na qual foi internado e o dia do óbito ele passou por mais exames no Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, que fica em Mogi das Cruzes (SP).

A Secretaria de Educação do Estado informou que não tem registro de agressão e que a Polícia Civil está investigando o caso. Segundo informações da assessoria de imprensa, a agressão não foi dentro da escola, portanto não há o que a secretaria possa dizer.

A Secretaria de Segurança Estadual de Segurança Pública não respondeu à solicitação de informações.

Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil // Edição: Beto Coura

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