AIE não prevê efeito a curto prazo da queda de preço do petróleo

  • Por Agencia EFE
  • 12/12/2014 10h29

Paris, 12 dez (EFE).- A Agência Internacional de Energia (AIE) manteve nesta sexta-feira praticamente intactas as perspectivas de demanda e provisão global de petróleo para este ano e para o próximo em seu relatório mensal, e antecipou que o mercado ainda vai demorar para refletir sobre a diminuição de preços constatada desde junho.

Anos de preços elevados levaram à causa que explica o atual momento: uma alta na provisão dos países não pertencentes à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEC) e uma contração no crescimento da demanda, segundo a análise do órgão, que detalha uma queda de 40% no preço do Brent desde junho.

Embora os baixos preços já estejam cortando as despesas dos produtores, a AIE considerou que é mais provável que afetem seu balanço a médio e longo prazos.

Para a organização, a Rússia é o único país que poderia ter um efeito claro, junto com as sanções e a queda de valor do rublo, mas seria compensada por uma revisão em alta nas previsões da América do Norte.

A AIE espera um impacto “modesto” nos pedidos diante dos ajustes adotados durante os períodos prolongados de altos preços e não prevê que o consumidor final seja muito beneficiado pela queda.

A organização, que reúne os principais consumidores de energia do mundo, calcula que neste ano o consumo de petróleo terá uma média de 92,4 milhões de barris diários, enquanto para 2015 será de 93,3 milhões, 300 mil a menos do que a previsão anterior.

A AIE admitiu que a manutenção da queda de preços pioraria uma situação já complicada para alguns países e insistiu que os cortes nas despesas não repercutirão na provisão “por enquanto”. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.