Aliviadas, empresas de educação elogiam renovação do Fies

  • Por Reuters
  • 26/06/2015 21h36
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Victor LaRegina / Jovem Pan Fila na FMU de alunos que tentam renovar ou aprovar o FIES pode demorar mais de cinco horas apenas para obter senha

Empresas do setor de educação receberam com alívio e aprovação o anúncio de novas condições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), já que temiam pela não renovação do programa devido às contingências fiscais do governo federal.

“Em algum momento aventou-se a chance de não ter o Fies no segundo semestre”, disse à Reuters o presidente-executivo da Estácio, Rogério Melzi. “Isso (a renovação do programa) mostra a seriedade do Ministério da Educação no momento em que se disputa verbas orçamentárias com intensidade”.

Segundo a Kroton, nos últimos meses o diálogo e a comunicação com o Ministério melhoraram bastante.

“A abertura de novas vagas para a segunda edição do Fies em um ano de ajuste fiscal e a indicação do Ministério em ofertar entre 310 e 350 mil vagas em 2016 revelam a importância estratégica do programa para o país”, disse a empresa em nota.

No fim de 2014 foram editadas novas regras para o programa, sem negociação com entidades e empresas do setor, e no meio do processo de seleção de alunos, que não puderam se programar.

Além disso, a restrição de vagas e determinação de um prazo para inscrições, até então indeterminado, gerou instabilidade no sistema e caos entre os alunos.

“As regras estão mais claras e o número de novas vagas está caminhando para uma definição, mesmo a quantidade de vagas sendo menor. As instituições de ensino e os alunos terão como planejar suas atividades e alternativas de financiamento”, disse o presidente do Grupo Ser Educacional, Jânyo Diniz.

Nesta sexta-feira o governo divulgou a nova etapa do Fies 2015, com 61,5 mil vagas no segundo semestre, com prioridades para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país e instituições com notas 4 e 5 no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.

A Ser Educacional possui 85 por cento de sua base atual de alunos localizadas no Norte e Nordeste, enquanto na Estácio este número é de 40 por cento.

O mercado financeiro, no entanto, penalizou as empresas do setor nesta sexta-feira. A ação da Kroton caiu 5,96%, enquanto a da Estácio perdeu 4,83%.

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