Anúncios de Meirelles são positivos, diz porta-voz da FMI

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/05/2016 16h30
EFE/Fernando Bizerra Jr. Fotos Henrique Meirelles - ministro da Fazenda - EFE

O Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia como “positivos” os anúncios feitos até agora pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. De acordo com o porta-voz da instituição, Gerry Rice, em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 19, o FMI espera que as reformas sejam rapidamente adotadas para corrigir os desequilíbrios macroeconômicos no Brasil.

“É difícil prever como a situação política e econômica do Brasil vai evoluir, mas certamente esperamos que as reformas muito necessárias sejam rapidamente adotadas para ajudar o Brasil a superar o difícil momento atual”, disse Rice. “Achamos que os anúncios feitos pelo ministro Meirelles têm sido positivos”, complementou. O ministro tem dado declarações sobre a necessidade de cortar gastos públicos para ajustar as contas fiscais e priorizando a reforma da previdência.

Gerry repetiu aos jornalistas recomendações recentes do FMI dadas ao País, como a necessidade de reforçar o arcabouço macroeconômico que foi útil ao Brasil no passado, o que inclui responsabilidade fiscal e inflação dentro da meta. “Nesse sentido, damos as boas vindas à ênfase dada por Meirelles na necessidade de estabilizar a trajetória da dívida e para preservar a Previdência com reformas que assegurem sustentabilidade financeira no longo prazo.”

Ajustes para corrigirem desequilíbrios macroeconômicos são “essenciais” para provocar uma reviravolta nos índices de confiança, que caíram para níveis historicamente baixos, e no investimento, afirmou Rice.

O FMI, segundo o porta-voz, espera poder colaborar com assistência técnica e conselhos de política econômica para a nova equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer.

O Fundo deve divulgar em julho um relatório com atualização das projeções de crescimento da economia mundial e dos principais países, incluindo o Brasil. A previsão divulgada em abril previa contração de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e crescimento zero em 2017. Nos dois anos, a expectativa era que o País ficasse com os piores desempenhos entre as principais economias do mundo.

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