Após início de incursão terrestre em Gaza, 8 mil palestinos deixam suas casas

  • Por Agencia EFE
  • 18/07/2014 13h00
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Gaza, 18 jul (EFE).- A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) elevou nesta sexta-feira para 30 mil o número de palestinos deslocados em Gaza, após oito mil pessoas terem fugido hoje de suas casas por medo da incursão terrestre iniciada por Israel.

Em um comunicado, o porta-voz da UNRWA na região, Chris Gunness, advertiu que o número de deslocados cresce a cada hora e revelou que a agência abriu 34 centros de acolhida para receber de forma segura a população civil em toda a Faixa de Gaza.

“O número de deslocados que em função dos combates buscaram refúgio nas escolas da UNRWA chegou hoje a oito mil está aumentando. Agora o número de pessoas hospedadas é de 30 mil”, afirmou.

“Por causa da violência e da insegurança, particularmente no sul, os números oscilam. A UNRWA instalou 34 centros de emergência ao longo de toda a Faixa de Gaza. Pedimos as duas partes em conflito que respeitem a lei internacional para os civis em conflito”, acrescentou.

O Exército israelense iniciou ontem à noite uma incursão terrestre em Gaza, que como primeira consequência teve uma intensificação dos bombardeios no norte e no sul da região, em particular nas localidades de Beit Lahia e Beit Hanoun.

Dias antes, em meio aos intensos bombardeios aéreos, Israel avisou a população de ambos os bairros, calculada em cerca de 100 mil pessoas, para que abandonassem suas casas, o que causou o primeiro fluxo de deslocados.

A UNRWA já advertiu que só tem capacidade para amparar 50 mil pessoas e que possui reservas limitadas.

Além das escolas da UNRWA, os moradores de Gaza não têm outro lugar para fugir, já que Israel impõe um cerco militar por terra e mar sobre a Faixa de Gaza, e o Egito mantém fechada a única passagem para pessoas que comunica a região com o resto do mundo.

Até o momento, cerca de 270 pessoas, a maioria civis palestinos, morreram e mais de dois ficaram feridos nos onze dias de ofensiva militar contra Gaza. EFE

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