Após protestos, Alckmin recorrerá a youtubers para defender reorganização

  • Por Agência Estado
  • 04/02/2016 17h14
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Antônio Carreta / TJSP José Renato Nalini

Depois de uma série de protestos contra a reorganização escolar, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) irá recorrer a youtubers para defender a proposta de transformar as escolas da rede estadual de ensino em ciclo único (com apenas ensino fundamental 1, 2 ou médio). De acordo com o secretário da Educação, José Renato Nalini, a pasta busca forma de se aproximar e dialogar com os estudantes. 

“Nós vamos estabelecer um diálogo, estamos contratando jovens youtubers para que nos ajudem também a transmitir a ideia [da reorganização] e para chamar a juventude a participar do debate”, disse Nalini, nesta quinta-feira, 4, durante a divulgação dos resultados de desempenho da educação paulista.

A proposta da reorganização, anunciada no ano passado, previa o fechamento de 93 prédios e a transformação de 754 escolas em unidades de ciclo único. Os estudantes foram contrários à medida e ocuparam quase 200 escolas em todo o Estado. Com as manifestações crescentes, Alckmin suspendeu o projeto para que fosse discutido em 2016. 

Além da suspensão da medida, Alckmin também demitiu o então secretário, Herman Voorwald. Nalini assumiu a pasta no último dia 28, com a promessa de “transparência e diálogo” com os estudantes. “O diálogo com os estudantes já começou e vai ser intensificado. Nós vamos recorrer principalmente àqueles que falam a linguagem dos jovens, vamos aproveitar essa mobilização [dos estudantes contra a reorganização]”, disse Nalini. 

Ele também informou que a secretaria irá promover eleições unificadas para fortalecer os grêmios estudantis das escolas e, assim, garantir uma maior participação dos alunos. “Estabelecendo assim que o grêmio estudantil não deve ser só fundado, mas ser um organismo que realmente participa da gestão democrática. Vamos chamar também os conselhos de educação e as associações de pais e mestres para participar.”

O secretário defendeu a reorganização e disse que a proposta parece uma “ideia sensata”.

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