Ataques de Israel em Gaza causam 5 mortes antes de cessar-fogo

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2014 07h03

Gaza, 17 jul (EFE).- A aviação israelense continuou na manhã desta quinta-feira com os bombardeios contra diferentes alvos na Faixa de Gaza, que causaram a morte de cinco palestinos, entre eles um idoso, enquanto milicianos do Hamas persistiam com os disparos contra Israel.

De acordo ao porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf al Qedra, os últimos cinco mortos foram vítimas dos bombardeios israelenses na Cidade de Gaza e nas regiões central e sul do território palestino, que também deixaram mais cinco feridos.

Com as últimas vítimas, o funcionário calculou em 227 o número total de palestinos mortos e em 1.685 o de feridos, mais da metade deles civis, desde que Israel iniciou a ofensiva militar Limite Protetor em Gaza, no dia 8 de julho.

Os estrondos causados por sucessivas bombas disparadas por caças e aviões não tripulados do Exército israelense eram ouvidos esta manhã, ao mesmo tempo em que milicianos em Gaza disparavam vários foguetes contra povoações israelenses próximas das fronteiras com a Faixa e no centro do país.

O braço armado do grupo islamita Hamas assumiu a autoria do disparo de mais de uma dezena de projéteis contra alvos no centro de Israel.

Na manhã de hoje, Israel frustrou um ataque de 13 milicianos de Gaza através de um túnel pelo qual se infiltraram em território israelense, a dois quilômetros de um kibutz, informaram as Forças Armadas desse país (IDF, sigla em inglês).

“Quando os milicianos saíram do túnel foram identificados e atacados pelo ar”, detalhou um porta-voz militar, que acrescentou que esta foi a quarta vez que grupos armados de Gaza tentaram realizar um ataque desse tipo.

Ao ser perguntado se a nova tentativa de ataque poderia prejudicar o cessar-fogo “humanitário” aceito pelas duas partes em conflito, o porta-voz disse que Israel se mantém comprometido com a suspensão das hostilidades – durante cinco horas – que foi solicitada pela ONU e que também foi aceita pelo Hamas.

O cessar-fogo começou às 10h locais (4h de Brasília) e deverá durar por cerca de cinco horas, com o objetivo de permitir a retirada dos feridos mais graves de Gaza e o abastecimento de bens essenciais ao território palestino.

Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas em Gaza confirmou em comunicado que “o acordo de cinco horas permitirá a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza”.

Contudo, um porta-voz de uma facção armada que falou em condição de anonimato, revelou que diferentes milícias em Gaza estão cientes do acordo e responderão “a qualquer ataque de Israel contra Gaza durante o cessar-fogo”.

Israel antecipou ontem que “se o Hamas, ou qualquer outra organização terrorista, aproveitarem esta janela humanitária para realizar ataques contra civis israelenses e alvos militares, o Exército responderá com firmeza e de forma contundente”.

A trégua foi solicitada pelo enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Robert Serry, por causa da morte de quatro meninos palestinos na quarta-feira em uma praia de Gaza por um bombardeio da Marinha israelense, segundo diversos veículos da imprensa.

Trata-se do primeiro cessar-fogo aceito pelas duas partes desde que Israel iniciou sua ofensiva militar há dez dias contra o disparo de foguetes de Gaza. EFE

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