“Aumentar com sustentabilidade, esse é o Brasil que eu imagino”
Roberto Rodrigues
Roberto RodriguesEngenheiro Agrônomo e Doutor Honoris Causa pela UNESP, Roberto Rodrigues é professor da UNESP/Jaboticabal, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV/EESP e presidente do Conselho do Agronegócio da FIESP. Foi presidente da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), da Organização Mundial de Cooperativas Agrícolas e da ACI (Aliança Cooperativa Internacional), período em que conheceu 79 países em todos os continentes. Presidiu também a SRB (Sociedade Rural Brasileira) e a ABAG (Associação Brasileira de Agronegócios). Foi Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo nos governos de Adhemar de Barros e Laudo Natel, entre 1963 e 1967, e Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no primeiro mandato do Presidente Lula (entre 2003 e 2006).
O que fazer por um Brasil Melhor?
De acordo com Rodrigues, o crescimento e desenvolvimento do Brasil passa muito por grandes estímulos na agricultura, “setor no qual temos claras vantagens comparativas”, argumenta.
Alguns dos benefícios citados a partir de um aumento expressivo na agropecuária seriam mais máquinas e equipamentos, mais fertilizantes e sementes, mais rações, mais estradas, armazéns, ferrovias e portos, mais distribuição interna, mais exportação, mais serviços.
Enfim, o professor considera que o investimento no campo estimula o setor industrial e abastece a economia inteira. Ele diz que o motor da economia agrícola traz “milhares de empregos, renda, riqueza e saltos comerciais crescentes, que ampliarão a demanda interna por meio do consumo”, inclusive de carros, moto, roupas, casas, sapatos e eletrodomésticos.
Rodrigues considera, entretanto, que esses investimentos “têm que fazer parte de uma estratégia integrada”. O engenheiro agrônomo pede por um “moderno seguro agrícola, que defenda o campo”, além da atração de capitais privados nacionais e estrangeiros, destinados aos “fundamentais investimentos em estrutura e logística, amparados por uma agressiva política comercial externa, que abra novos mercados, agregando valor às commodities em geral”.
Além do mais, Rodrigues ressalta a importância dos estímulos à pesquisa, “para que os institutos agronômicos, zootécnicos, florestais, de pesca, como a Embrapa, gerem e difundam tecnologia sustentável nas produtoras de todos os rincões e de todos os tamanhos”.
“Aumentar com sustentabilidade, esse é o Brasil que eu imagino”, conclui Roberto Rodrigues.
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