Austrália doa US$ 165 milhões ao Fundo Verde para o Clima da ONU
Sydney (Austrália), 10 dez (EFE).- O governo da Austrália anunciou nesta quarta-feira que vai doar US$ 165 milhões nos próximos quatro anos para o Fundo Verde para o Clima das Nações Unidas.
Este montante “irá facilitar o crescimento econômico liderado pelo setor privado na região do Indo-Pacífico, com um foco especial sobre o investimento em programas de infraestrutura, energia e florestas e os programas de redução de emissões”, segundo um comunicado do primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, e da titular de Relações Exteriores, Julie Bishop.
Abbott, que aboliu o imposto sobre as emissões de carbono e se negou, anteriormente, a contribuir para o fundo, explicou que sua participação responde a uma mudança na situação nos últimos meses, em alusão aos passos dados por EUA, UE e China, entre outros, na luta contra as mudanças climáticas.
“Acho que é razoável e prudente para o governo fazer uma contribuição modesta, prudente e proporcional ao fundo de mitigação climática. Acho que é algo que um governo sensato faria”, disse o governante da Austrália, um grande produtor de carvão e um dos maiores poluentes per capita do planeta.
Em novembro, durante a cúpula do G20, EUA e Japão anunciaram aportes de US$ 3 e 1,5 bilhões. Posteriormente, 21 países se comprometeram a doar cerca de US$ 9,3 bilhões.
O Fundo Verde para o Clima das Nações Unidas foi criado para tramitar as transferências de recursos para que os países mais vulneráveis às mudanças climáticas, entre eles os do Pacífico Sul, possam fazer frente às consequências desse fenômeno e para prevenir seu agravamento no mundo.
Segundo as estimativas das Nações Unidas, espera-se que o Fundo consiga até US$ 100 bilhões até 2020.
Nesta semana, está acontecendo em Lima, a capital do Peru, a Cúpula de Mudança Climática (COP20) na qual se espera que os países cheguem a um acordo comum sobre a informação que devem conter os compromissos que serão apresentados no futuro pacto de luta contra as mudanças climáticas de Paris, em 2015. EFE
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