Austrália se prepara para eventual retorno de combatentes jihadistas

  • Por Agencia EFE
  • 22/06/2014 22h51
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Sydney (Austrália), 23 jun (EFE).- O governo da Austrália se prepara para enfrentar a ameaça do eventual retorno de seus cidadãos que combatem nas fileiras das milícias jihadistas na Síria e Iraque, disse nesta segunda-feira (data local) o primeiro-ministro, Tony Abbott.

Em uma entrevista ao “Canal 7” da televisão australiana, Abbott assegurou que seu governo evitará que os jihadistas australianos, que foram “radicalizados e militarizados” retornem para causar “caos” em seu país, onde, prometeu, sentirão “todo o peso da lei”.

“O importante é assegurar que nossas fronteiras estejam seguras. A segurança fronteiriça não somente se refere a deter navios com imigrantes ilegais. Também é assegurar que as pessoas que retornem para a Austrália não criem o caos”, disse Abbott.

A milícia sunita do Estado Islâmico do Iraque e o Levante (EILL) faz uso dos vídeos publicados na internet para persuadir os australianos e outros muçulmanos de todo o mundo para que se unam a suas campanhas no Iraque e na Síria.

Acredita-se que dois australianos, que se identificaram como Abu Yahya al Shami e Abu Nour al Iraqi, aparecem em um vídeo do EILL filmado na Síria e que dá a entender que um deles morreu em combate, segundo a agência local “AAP”.

O governo australiano já cancelou vários passaportes, embora não tenha detalhado a quantidade, como medida para proteger sua segurança nacional.

Calcula-se que cerca de 150 australianos participam de combates na Síria e no Iraque.

“Estamos particularmente preocupados com as notícias dos australianos que não só buscam treinamento, mas também postos de liderança para radicalizar outros”, disse a ministra das Relações Exteriores australiana, Julie Bishop, no domingo à emissora local “ABC”.

“O temor é que retornem à Austrália com novas capacidades e talentos em terrorismo”, acrescentou Bishop.

As leis da Austrália punem com até 20 anos de prisão os civis do país que participam de um conflito armado no exterior. EFE

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