Autoridades sanitárias da Espanha traçam contatos de infectada com ebola

Madri, 7 out (EFE).- As autoridades sanitárias da Espanha estão tentando localizar nesta terça-feira todos os possíveis contatos da auxiliar de enfermagem que ontem foi diagnosticada com o vírus ebola e que o contraiu quando atendia a um dos dois missionários espanhóis trazidos da África Ocidental com a doença.

A diretora-geral de Saúde Pública do Ministério da Saúde, Mercedes Vinuesa, afirmou durante seu comparecimento hoje na Comissão de Saúde do Congresso dos Deputados que agora o mais importante é encontrar todos os seus contatos, para o que serão utilizados “todos os meios necessários”, detalhou.

Mercedes explicou também que “atualmente temos várias opções terapêuticas à disposição na Espanha, que já começaram a ser aplicadas no dia de ontem” à paciente.

No entanto, a responsável de saúde especificou que todos os tratamentos estão em fase experimental e são utilizados com o consentimento dos pacientes e a avaliação dos clínicos, que têm a palavra final acerca do uso dos medicamentos.

Sobre a forma de contágio da auxiliar de enfermagem, garantiu que todas as possíveis vias estão sendo investigadas, mas reiterou que “o controle dos contatos é a medida mais eficaz para evitar uma infecção comunitária”.

A auxiliar de enfermagem que tinha atendido aos dois missionários espanhóis que morreram por decorrência do ebola no Hospital Carlos III de Madri é o primeiro caso conhecido de contágio do vírus fora da África.

Casada e sem filhos, participou como voluntária na equipe que atendeu aos dois missionários.

Também trabalhou na limpeza e desinfecção do quarto ocupado pelo missionário García Viejo, segundo fontes médicas.

A mulher, que se encontrava de férias desde 25 de setembro, um dia depois da morte de García Viejo, seguiu sua vida normalmente até que os primeiros sintomas apareceram cinco dias depois.

Cerca de 30 profissionais de saúde que atenderam aos dois missionários e trabalharam junto com a enfermeira infectada estão sendo submetidos à monitoração epidemiológica – controles de temperatura -, assim como alguns familiares e pessoas próximas. Já seu marido foi colocado em quarentena.

O Ministério da Saúde fez contato com os profissionais de emergência que atenderam à mulher – um médico e dois técnicos – e com os profissionais do hospital onde ela esteve em Alcorcón, ao sul de Madri, para ver até que ponto pode ter havido contágio. EFE