Avianca e Azul apresentam propostas para compra da TAP

  • Por Agencia EFE
  • 05/06/2015 17h25
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Lisboa, 5 jun (EFE).- O colombiano-brasileiro Germán Efromovich, proprietário de Avianca, e o brasileiro David Neeleman, dono da companhia aérea Azul, apresentaram nesta sexta-feira suas propostas definitivas pela companhia aérea portuguesa TAP, confirmou o governo de Portugal.

Os dois candidatos à compra da companhia aérea, estatal, atualizaram as propostas já apresentadas, depois de o ministro da Economia, António Pires de Lima, pedir esta semana que apresentassem uma oferta “melhor”.

O governo português recebeu as duas ofertas assim que foi derrubada a suspensão cautelar promovida por uma associação cívica movida por um recurso que invocava “interesse público”.

Em declarações a jornalistas, o secretário de Estado de Transportes, Sérgio Monteiro, afirmou que não é possível determinar quando o governo decidirá se aceita alguma das duas ofertas, mas antecipou que tentará chegar a uma decisão no próximo conselho de ministros, previsto para a quinta-feira.

Em teoria, Parpública – a entidade que administra as participações do Estado português – possui cinco dias úteis para analisar as propostas de Efromovich e Neeleman e conferir se cumprem os requisitos.

Entre as condições que o comprador deve cumprir, publicadas na folha de condições do processo, estão o reforço da capacidade econômico-financeira da companhia e o compromisso em garantir a estabilidade dos trabalhadores.

Monteiro revelou que as novas ofertas incluem “alterações no plano estratégico”, mas que ainda não tem detalhes sobre a parte financeira.

Embora os valores oficiais não tenham sido divulgados, a imprensa portuguesa apontou que as ofertas de Efromovich e Neeleman previam uma injeção de entre 300 e 350 milhões de euros (entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão) na TAP e receita para o Estado entre 20 e 35 milhões de euros (entre R$ 70 milhões e R$ 120 milhões).

O secretário de Estado de Transportes destacou ainda a “competitividade” entre os dois candidatos para comprar a TAP, lembrando que na primeira tentativa do Executivo de privatizar a companhia aérea, em 2012, só houve uma oferta.

Aquela proposta foi apresentada por Efromovich, mas o governo não a aceitou por falta de garantias.

O grupo TAP inclui, além da companhia aérea, uma empresa especializada em manutenção e engenharia no Brasil e a de gestão de carga e bagagens Groundforce. Elas juntas possuem 13 mil funcionários.

A TAP, com uma frota de 77 aviões, transportou em 2014 cerca de 11,4 milhões de passageiros – recorde da companhia – a 82 destinos em África, Europa e América, onde é líder de conexões entre Brasil e Europa. EFE

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