Balança comercial registra superávit histórico de US$ 6,1 bilhões em setembro

É o melhor resultado para o mês desde o início do levantamento, em 1989; no acumulado do ano, importações e exportações somam saldo positivo de US$ 42,4 bilhões

  • Por Gabriel Bosa
  • 01/10/2020 15h26 - Atualizado em 01/10/2020 16h42
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Tânia Rêgo/Agência Brasil Exportações Em 2020, 49% das exportações brasileiras tiveram como destino países asiáticos

A balança comercial brasileira encerrou setembro com saldo positivo em US$ 6,1 bilhões, resultado de US$ 18,4 bilhões em exportações ante US$ 12,2 bilhões gastos com importações, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira, 30. O número representa alta de 62,2% do registrado em 2019, quando setembro fechou com superávit de US$ 3,8 bilhões, e é o melhor desempenho para o mês desde o início da série histórica, em 1997. No acumulado do ano, o país possui saldo positivo de US$ 42,4 bilhões, totalizando US$ 156,7 bilhões em vendas e US$ 114,3 bilhões em compras internacionais, avanço de 18,6% em comparação ao ano passado. Apesar da alta, a corrente de comércio, que mesura os valores das importações e exportações, retraiu 16,4% no mês e 10,1% no ano.

Entre janeiro a setembro, as exportações recuaram 7% em comparação mesmo período do ano passado, enquanto as importações registraram baixa de 14%. A exportação de itens agropecuários subiu 16% entre janeiro e setembro deste ano, somando 37,6 bilhões. O mesmo desempenho não foi acompanhado por outros setores. A indústria da transformação recuou 14,9%, totalizando US$ 83,4 bilhões, enquanto a indústria extrativa teve queda de 6%, com US$ 35,1 bilhões em vendas ao mercado internacional. Já nas importações, os três segmentos apresentaram recuo. A compra de itens da indústria extrativa somou US$ 5 bilhões entre janeiro e setembro, queda de 39,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. O setor de transformação registrou baixa de 12,3%, totalizando 105,8 bilhões, enquanto a agropecuária recuou 5,2%, fechando os 9 meses do ano com US$ 3 bilhões em compras.

Responsável por 48,7% do total do comércio brasileiro, as vendas para a Ásia avançaram 11,7% entre janeiro e setembro, com alta de 14,1% para a China, Macau e Hong Kong. Na contramão, as vendas para a América do Norte recuaram 26%, com queda de 31% ao mercado dos Estados Unidos, enquanto as compras dos países da América do Sul retraíram 24,7%. Nas importações, todas as regiões registraram queda, com destaque de recuo de 24% das compras brasileiras dos países da América do Sul, e 20,2% da América do Norte. Na Ásia, o recuo foi de 10,6%. Para 2020, o Ministério da Economia estima superávit de US$ 55 bilhões, avanço de 14,4% em comparação a 2019.

 

 

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