Ban critica impedimentos a legistas que averiguam desastre na Ucrânia
Nações Unidas, 30 jul (EFE).- A ONU criticou nesta quarta-feira os impedimentos que os legistas e investigadores internacionais que se transferiram para a Ucrânia estão sofrendo para investigar o derrubamento do avião da Malaysia Airlines.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, está “profundamente consternado” pelos problemas que os investigadores estão tendo para chegar ao local onde foi derrubado o avião, a fim de realizar uma tarefa “crítica” de investigar o ocorrido.
O chefe da missão de repatriação das vítimas, Pieter-Jaap Aalbersberg, lamentou hoje que os combates entre forças ucranianas e separatistas pró-Rússia no leste do país impediram de novo que os investigadores internacionais cheguem ao local.
Ban lembrou em comunicado distribuído pelo escritório de seu porta-voz que ainda faltam recuperar alguns corpos na zona do acidente, assim como provas “chave” sobre a tragédia.
“Os familiares das vítimas desta horrível tragédia têm direito a encerrar este trauma enquanto o mundo exige respostas para saber exatamente o que aconteceu”, acrescentou o principal responsável das Nações Unidas.
Por fim, Ban fez uma chamada a todas as partes para que ponham fim de maneira “imediata” a todas as hostilidades na zona do avião derrubado para permitir o acesso dos investigadores internacionais.
Junto aos especialistas da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), os investigadores tentarão de novo amanhã chegar ao campo onde caiu o avião com 298 passageiros a bordo, devido ao impacto de um míssil supostamente disparado desde território pró-Rússia no leste da Ucrânia.
O Conselho de Segurança aprovou em 21 de julho uma resolução para reivindicar aos separatistas pró-Rússia que controlam a zona o acesso imediato ao local e facilidades para realizar uma investigação internacional.
Enquanto isso, o governo russo acusou nos últimos dias as autoridades da Ucrânia de violar os termos dessa resolução da ONU, ao não deter os combates com os separatistas na zona do incidente. EFE
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