Banco Central anuncia medida de ajuda ao BTG Pactual
Bandeira do Brasil do lado de fora da sede do Banco Central
Bandeira do Brasil do lado de fora da sede do Banco CentralO Banco Central (BC) isentou o banco de investimentos BTG Pactual de recolher compulsórios sobre a ajuda emergencial recebida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A medida valerá para todos os bancos que buscarem esse tipo de socorro daqui para a frente.
Há duas semanas, o BTG Pactual recebeu R$ 6 bilhões do FGC, fundo que cobre depósitos de até R$ 250 mil em caso de quebra da instituição. A instituição, no entanto, tinha de devolver ao Banco Central quase um terço dessa ajuda, que era retida na forma de compulsório – parcela de recursos que os bancos são obrigados a deixar depositadas no BC.
O BTG Pactual enfrenta dificuldades desde a prisão do ex-presidente da instituição André Esteves. Como essa foi a primeira vez em que um banco recebeu esse tipo de ajuda, o socorro por meio do FGC ainda não estava regulamentado. Segundo o BC, não fazia sentido reter parte do dinheiro necessário para que o banco cumpra os compromissos.
O BC anunciou mais três medidas que alteram a aplicação de recursos para crédito bancário. A autoridade monetária abriu uma nova opção para que as instituições apliquem os R$ 22,5 bilhões liberados em maio para estimular o crédito habitacional.
Com a medida, os bancos poderão destinar R$ 3 bilhões para financiar obras de infraestrutura ligadas ao Programa Minha Casa, Minha Vida, como obras de saneamento no entorno das unidades habitacionais. Segundo o BC, dos R$ 22,5 bilhões liberados até agora, R$ 10 bilhões foram gastos.
O BC definiu ainda um cronograma de encerramento das operações de crédito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) concedidas com dinheiro do compulsório. Os financiamentos contratados a partir de hoje terão prazo até julho de 2019. De acordo com a autoridade monetária, os bancos não têm ofertado esse tipo de linha.
Foi anunciada ainda uma medida de ajuda a bancos de pequenos porte, que recolherão menos compulsório sobre depósitos à vista. Até agora, as instituições com volume de depósitos de até R$ 44 milhões ficavam dispensadas de fazer o recolhimento. O limite subiu para R$ 70 milhões. Segundo o BC, a medida injeta R$ 390 milhões em dinheiro novo na economia, equivalente a 0,5% do valor total de compulsórios.
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