Bolsonaro não se manifesta sobre vitória de Biden e destoa de lideranças internacionais
Pelas redes sociais, Bolsonaro preferiu dar destaque aos esforços do governo federal no Amapá; Ministério das Relações Exteriores também não se pronunciou
Ao contrário de outras lideranças internacionais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não fez nenhuma menção à eleição de Joe Biden à Presidência dos Estados Unidos neste sábado, 7. O Ministério das Relações Exteriores tampouco se manifestou sobre a mudança do comando da principal potência mundial. Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da Presidência afirmou que não há sinal oficial de que o presidente vá se manifestar. A assessoria de imprensa do Itamaraty não respondeu aos questionamentos até a publicação deste texto. A atitude de Bolsonaro destoa de outros chefe de Estado que usaram as redes sociais para parabenizar a vitória da chapa democrata na disputa pela Casa Branca. Logo após o anúncio, próximo das 13h30 pelo horário de Brasília, nomes como o premiê britânico e aliado de Trump, Boris Johnson, o presidente francês, Emmanuel Macron, e lideranças sul-americanas, como o argentino Alberto Fernandéz e o chileno Sebastián Piñera, se manifestaram parabenizando o novo presidente.
Ao ignorar o resultado nos Estados Unidos, Bolsonaro preferiu priorizar nas redes sociais a atuação do governo federal no apagão que deixou quase todo o Amapá sem energia elétrica. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), parabenizaram Biden pela vitória minutos após a divulgação das primeiras prévias. O presidente brasileiro manifestou o seu apoio à campanha de Donald Trump em diversas oportunidades nas últimas semanas. Na quarta-feira, 4, quando as apurações já apontavam o democrata na liderança, Bolsonaro chegou a falar que “a esperança é a última que morre”, ao comentar sobre o desempenho de Trump na disputa. Diante da iminente derrota do aliado, o presidente diminuiu o tom nesta sexta-feira, 6, e disse que “Trump não é a pessoa mais importante do mundo”. Além de torcer publicamente por Trump, Bolsonaro criticou o então candidato Biden após o democrata questionar as ações brasileiras na proteção da floresta amazônica.
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