Bovespa termina em queda, pressionada por Vale e Petrobras

Petrobras aumenta perdas da Bovespa

Sede da Bovespa (SP)

A Bovespa trabalhou em queda durante toda a segunda-feira, 28, pressionada, sobretudo, pelo recuo de Vale e Petrobras. Os investidores foram influenciados pelo desempenho das bolsas internacionais, das commodities, mas ficaram ainda de olho no quadro interno. 

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,57%, aos 43.764,34 pontos. Na mínima, marcou 43.709 pontos (-0,70%) e, na máxima, 44.087 pontos (+0,16%). No mês, acumula perda de 3% e, no ano, de 12,48%. O volume negociado totalizou R$ 3,114 bilhões, o menor do mês. 

No começo da tarde, o Tesouro Nacional anunciou o resultado do Governo Central em novembro, que se mostrou deficitário em R$ 21,278 bilhões, o pior desempenho para todos os meses da série iniciada em 1997. O resultado reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.

Logo após a divulgação do resultado, a Bovespa exibiu ligeira piora, mas, segundo um profissional, foi tão breve que seria mais correto dizer que o mercado apenas monitorou o resultado. Na terça-feira, 29, serão divulgados os números do setor público consolidado pelo Banco Central. 

A questão fiscal, entretanto, continua permeando os negócios. Nesta segunda, as atenções se voltaram para o encontro da presidente Dilma Rousseff com os ministros da Junta Orçamentária para discutir o fechamento das contas deste ano – ainda sem novidades até o fechamento do pregão doméstico.

No mais, o mercado acionário doméstico reagiu ao desempenho baixista das bolsas internacionais e à queda das commodities no exterior, sobretudo o petróleo. 

Petrobras fechou em queda de 3,04% na ON e de 3,32% na PN, enquanto o contrato do petróleo para fevereiro terminou em baixa de 3,38%, a US$ 36,81 o barril. 

Vale ON terminou com desvalorização de 4,39% e Vale PNA, de 4,09%, segunda e terceira maiores quedas do Ibovespa, pressionadas por um fraco dado industrial chinês e pelas perdas geradas pela Samarco. O lucro industrial na China diminuiu 1,4% em novembro, em base anual, o sexto declínio consecutivo.

Já a subsidiária Samarco fechou acordo parcial com o Ministério Público de Minas Gerais para indenizar as vítimas do acidente por conta do rompimento da barragem de Fundão, no dia 5 de novembro. Bradespar PN cedeu 5,94% e liderou a lista de maiores quedas do índice. 

Nos EUA, as bolsas trabalharam o dia todo em queda, pressionadas pelo recuo do petróleo e em pregão de baixa liquidez. Às 18h16, o Dow Jones recuava 0,20%, o S&P, 0,32%, e o Nasdaq, 0,32%.