Brasil perdeu 81.774 postos formais de trabalho em janeiro

  • Por Agencia EFE
  • 27/02/2015 15h50
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Rio de Janeiro, 27 fev (EFE).- O Brasil perdeu em janeiro 81.774 postos formais de trabalho, o pior resultado para este mês nos últimos seis anos, informou nesta sexta-feira o governo.

O saldo negativo foi resultado da diferença entre 1,6 milhão de contratações e 1,68 milhão de demissões registrados formalmente em janeiro no Ministério do Trabalho.

O dado contrasta com os 29.595 empregos formais gerados pelo Brasil em janeiro de 2014, e não era tão negativo para o primeiro mês do ano desde 2009, quando foram eliminados 101.748 postos de trabalho como consequência da crise econômica internacional.

A eliminação de empregos em janeiro reforça a tendência negativa no mercado de trabalho após o país conseguir reduzir o desemprego a mínimos históricos apesar da atual crise econômica internacional e da desaceleração da economia nacional.

O país gerou no ano passado apenas 396.933 novos empregos formais, índice 64% inferior ao de 2013 e o pior para um ano desde 1998, segundo as estatísticas do Ministério do Trabalho.

“Os setores que tradicionalmente despedem no início de ano por assuntos estacionais foram o que mais eliminaram postos de trabalho em janeiro”, afirmou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.

Segundo Dias, a maioria das demissões foi realizada pelo comércio, que acostuma contratar funcionários temporários no final de cada ano para se reforçar no período natalino.

O comércio eliminou em janeiro 97.887 empregos formais. O aumento das demissões fez com que o índice de desemprego subisse desde 4,3% da população economicamente ativa em dezembro até 5,3% em janeiro, maior nível nos últimos 16 meses.

A queda do emprego formal e o aumento do desemprego indicam que o mercado de trabalho começa a perder vigor devido à forte desaceleração econômica do país.

Apesar da crise internacional, a taxa média de desemprego no Brasil caiu de 5,4% em 2013 até 4,8% no ano passado, menor nível desde 2002, quando o indicador começou a ser medido com critérios mais rigorosos.

Mas o mercado de trabalho começou a refletir neste ano a desaceleração da economia brasileira em 2014 e pode se agravar em 2015, para quando os analistas do mercado financeiro preveem uma contração econômica de 0,5%. EFE

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