Advogado deixa defesa de Renan Calheiros no STF

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/06/2016 19h28
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Brasília - Presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros, durante apreciação de vetos e destaques, antes de iniciar a discussão e apreciação do PL da nova meta fiscal (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Agência Brasil Renan Calheiros

O advogado Eugênio Pacelli deixou nesta segunda-feira (13) a defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele era responsável por representar o peemedebista tanto nos inquéritos da Operação Lava Jato quanto nos relativos à pensão de uma filha que teve fora do casamento.

Segundo Pacelli, o motivo da saída é porque o seu contrato seria somente para a fase das investigações e os inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o peemedebista estariam na fase final.

Interlocutores do presidente do Senado, no entanto, dizem que, com o avanço da Lava Jato, Renan estaria à procura de um nome que tivesse mais trânsito em Brasília e, principalmente, entre os ministros do STF. Pacelli é de Belo Horizonte.

O peemedebista ainda não fechou um nome, mas tem conversado com pessoas da área, como o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

A saída de Pacelli acontece no momento mais crítico para Renan na Lava Jato. Na semana passada, veio à público que ele é alvo de um pedido de prisão feito pela Procuradoria-Geral da República após gravações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. 

Afilhado político do presidente do Senado, Machado fechou um acordo de delação premiada que implica diretamente o peemedebista. Em seus depoimentos, ele teria dito que Renan recebeu cerca de R$ 20 milhões desviados do esquema de corrupção da subsidiária da Petrobras.

Atualmente, Renan é alvo de nove inquéritos da Lava Jato e um da Operação Zelotes. A denúncia de que teria usado dinheiro de uma empreiteira para pagar pensão de uma filha fora do casamento deve ser levada a plenário ainda este ano. Se for aceita, o peemedebista passa a ser réu e a responder por crimes como peculato e falsificação de documentos.

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