Ainda sem os 308 votos, Temer diz que reforma da Previdência “não é muito ampla”

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2017 13h15 - Atualizado em 21/11/2017 13h15
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Lula Marques/Agência PT Lula Marques/Agência PT "O que temos feito é dizer ‘olha, vamos fazer uma reforma que vai trazer vantagens para a Previdência Social, mas ela não é muito ampla’”, disse Temer

Ainda sem poder contar com os 308 votos necessários para alterar as regras previdenciárias, o presidente Michel Temer anunciou nesta terça-feira (21), em discurso no Palácio do Planalto, que a reforma da Previdência “não é muito ampla”.

Diante da impossibilidade de aprovar o texto original na comissão especial, o Governo passou a articular nas últimas semanas, junto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, uma versão “mais enxuta”.

Nesta terça, Temer reafirmou que a reforma terá poucas alterações nas regras atuais e destacou que uma delas é a idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Segundo o presidente, a nova versão da reforma irá equiparar os sistemas público e privado de Previdência.

Em discurso no evento que lançou um pacote de serviços digitais do Governo com serviços sobre emprego, Michel Temer afirmou: “Quando os senhores verificarem na televisão, uma certa publicidade, não se trata disso, trata-se de esclarecimento. As manifestações equivocadas quanto à reforma têm sido muito amplas. O que temos feito é dizer ‘olha, vamos fazer uma reforma que vai trazer vantagens para a Previdência Social, mas ela não é muito ampla. Temos o limite de idade e vamos equiparar o sistema público e privado’”.

Segundo Temer, o que o Governo faz é esclarecer o que é preciso fazer para sobreviver nos próximos anos: “Se não fizemos a reforma da Previdência, podemos entrar em climas de países da Europa que deixaram para muito tarde e quando tiveram que fazer tiveram que cortar 40% das aposentadorias”.

O novo texto da reforma da Previdência deve ser entregue nesta quarta-feira (22) pelo relator da PEC, deputado Arthur Maia. Com o texto, a Câmara deve acelerar para aprovar a reforma até meados de dezembro. Entretanto, a votação no Senado fica mesmo para 2018.

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