Alesp aprova projeto de lei para reduzir evasão escolar

Objetivo é incentivar a matrícula no Ensino Médio Profissional e Técnico por meio de bolsas para alunos de baixa renda; pesquisa mostra que jovems fora da escola entram para o mundo do crime

  • Por Jovem Pan
  • 02/07/2024 06h19
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WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO Alunos em sala de aula na Escola Municipal Ayrton Senna, em Santo André, Grande São Paulo Alunos em sala de aula na Escola Municipal Ayrton Senna, em Santo André, Grande São Paulo

A Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovou o programa Talentos do Futuro, uma iniciativa do projeto de lei nº 363/2024, de autoria do deputado Leonardo Siqueira (Novo). O objetivo do programa é incentivar a matrícula e reduzir a evasão escolar no Ensino Médio Profissional e Técnico (EPT) por meio de bolsas para alunos de baixa renda. Segundo o economista Ricardo Paes de Barros, a evasão escolar no ensino médio gera um custo de R$ 395 mil por jovem à sociedade. Esses jovens, sem a devida escolarização, tendem a ter salários menores ao longo da vida e estão mais propensos à criminalidade e problemas de saúde. “Estudos indicam que programas como este podem reduzir a evasão escolar em até 40%. Contudo, ainda não tínhamos clareza sobre os impactos dessa redução nos salários, desemprego e produtividade ao longo da vida dos beneficiários. Nós calculamos esses efeitos,” afirma Siqueira.

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Ele acrescenta que, se o programa fosse implementado para famílias cadastradas no Bolsa Família, o investimento anual seria de R$ 18 milhões, com potencial para reduzir o desemprego em 15 pontos percentuais, aumentar os salários em 5% e a produtividade do país em 3%. Siqueira destaca que, embora o governo invista mais no ensino universitário, sua pesquisa aponta que o incentivo ao ensino médio técnico oferece maiores benefícios sociais. “Indivíduos com formação técnica de nível médio têm uma probabilidade 7,6 pontos percentuais maior de estarem empregados em comparação com aqueles que concluíram apenas o ensino médio regular, além de uma renda 18% maior,” conclui o deputado.

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