Antonio Palocci deixa a prisão e passa a cumprir pena em casa

  • Por Jovem Pan
  • 29/11/2018 17h42 - Atualizado em 29/11/2018 18h07
EFE/HEDESON SILVA EFE/HEDESON SILVA Os desembargadores determinaram que o ex-ministro precisará usar a tornozeleira eletrônica

Conforme o Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgou na quarta-feira (28), Antonio Palocci deixou a prisão em Curitiba por volta das 15h30 desta quinta-feira (29) e foi encaminhado à Justiça Federal para colocar a tornozeleira eletrônica. O ex-ministro cumprirá agora prisão domiciliar.

Além de determinar o uso da tornozeleira, a Oitava Turma também definiu a redução de pena. Ele havia sido condenado a 12 anos, dois meses e 20 dias, mas os desembargadores optaram por diminuir para nove anos e dez dias.

O julgamento da apelação da defesa de Palocci começou em outubro, mas o desembargador Leandro Paulsen pediu vista e a análise foi retomada na quarta-feira. A decisão levou em consideração a delação premiada celebrada pelo réu com a Polícia Federal e homologada pela Justiça. No processo, liberado dias antes da votação do primeiro turno das eleições pelo então juiz Sérgio Moro, o ex-ministro afirmou que o ex-presidente Lula tinha conhecimento da corrupção na Petrobras.

Palocci foi condenado em 2017 por participação em esquema de corrupção no qual teria beneficiado a Odebrecht em contratos com a Petrobras envolvendo a construção de embarcações. Segundo o Ministério Público Federal, o ex-ministro também teria gerido propinas para o PT, com repasses para outras pessoas, inclusive em contas no exterior.

O ex-ministro foi preso preventivamente ainda em 2016 e ficou detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Junto com ele, na mesma operação, envolveu outros 13 réus, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, os marqueteiros João Santana e Monica Moura e executivos da Odebrecht, entre eles o então presidente da construtora, Marcelo Odebrecht.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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