Após decisão judicial, ato contra o governo muda de local em SP
Movimentos contrários ao governo do presidente Jair Bolsonaro remarcaram a manifestação inicialmente prevista para ocorrer neste domingo (7) na Avenida Paulista para o Largo da Batata, em São Paulo.
Em comunicados sobre a mudança de local, os grupos afirmaram que vão cumprir a determinação da Justiça estadual de proibir protesto antagônicos na mesma data e no mesmo local, mas criticaram a “violação do direito à manifestação”.
“Nós, torcedores articulados no Movimento Somos Democracia, ativistas do movimento negro e da Frente Povo Sem Medo entendemos que essa decisão atenta à liberdade de manifestação. Apesar disso, para garantia da integridade física dos manifestantes, comunicamos a decisão de mudança do local do ato em São Paulo para o Largo da Batata às 14h”, diz uma nota conjunta dos movimentos.
A nota ainda afirma que o grupo reforçou as medidas sanitárias para a realização do protesto, com a criação de uma brigada de saúde para orientação dos manifestantes e distribuição de máscaras e álcool em gel. As entidades também garantem que vão respeitar um distanciamento social de pelo menos 1,5 m durante a manifestação.
Confronto e decisão judicial
Na sexta-feira (5), a Justiça de São Paulo proibiu que grupos de apoiadores do presidente e opositores do governo se reúnam no mesmo horário em manifestações na Avenida Paulista. A decisão atende ao pedido do Governo do Estado, que pediu o cancelamento dos atos para evitar confrontos.
No último domingo (31), protestos que começaram pacíficos terminaram em tumulto, quando manifestantes favoráveis e contrários ao governo entraram em confronto. A Polícia Militar de São Paulo precisou intervir. O governador João Doria chegou a ir a público para dizer que os órgãos de Segurança Pública do Estado agiram para preservar a integridade física dos dois grupos e que não têm preferência política.
*Com Estadão Conteúdo
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