Banco chinês oferece crédito para concessão do bilhete único
O China Development Bank (CDB), banco chinês equivalente ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), comprometeu-se a oferecer linhas de crédito a empresas chinesas interessadas em fornecer tecnologias para a gestão do bilhete único de São Paulo. O crédito poderia vir na forma de empréstimos diretos ou outros serviços financeiros.
“Vamos utilizar várias maneiras, porque o CDB não somente poderia fazer empréstimos, poderia prestar serviço de investimento, leasing e também emissão de debêntures”, disse o chefe da representação do banco no Brasil, Song Lei, por meio de uma tradutora.
O anúncio foi feito no saguão da sede do banco, em Pequim, após reunião com o prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB).
“Para nós, temos mais interesse na área de infraestrutura, como transporte urbano. E, como o senhor prefeito (Doria) mencionou, com projeto de cartão de acesso ao transporte, nós temos interesse. Nessa área, a tecnologia agora, na China, está muito madura. Eu, com meu cartão de acesso ao transporte, posso pagar o transporte através do meu celular”, afirmou o executivo chinês
Uma nova reunião entre o executivo e representantes da Prefeitura está marcada para agosto, quando o prefeito voltará à capital paulista.
O CDB também se comprometeu com o prefeito a buscar empresários chineses interessados em participar do processo de concessão do bilhete único.
“Por enquanto, ainda não recebi nenhuma informação de empresas chinesas, mas depois desse encontro vamos entrar em contato diretamente com elas para discutir esses projetos, e acredito que o interesse delas não será menor do que o nosso”, informou.
A reunião no CDB foi a segunda em um dia de quatro reuniões feitas pelo prefeito e seu secretário de Relações Internacionais, Julio Serson. A primeira havia sido no Bank of China. Porta-vozes do banco que falaram com a imprensa brasileira classificaram como “interessantes” os projetos do prefeito, mas destacaram o interesse do banco em projetos do agronegócio e de energia – que Doria não trazia na bagagem.
Eles também ressaltaram que a crise político-econômica pela qual passa o Brasil “de certa maneira, vai afetar a confiança” do empresariado chinês, mas que o setor “costuma olhar o longo prazo” ao definir investimentos.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.