Bolsonaro aponta crise hídrica como exemplo de ‘desafio climático’ e diz que governo não está de braços cruzados

Em debate virtual na ONU, presidente afirma estar combatendo problemas advindos da falta de chuva com ‘seriedade e transparência’

  • Por Jovem Pan
  • 24/09/2021 16h24 - Atualizado em 24/09/2021 17h12
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WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto Bolsonaro participou de forma virtual de debate da ONU sobre energia

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou de forma virtual do debate de um evento da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre energia da Semana de Alto Nível da Assembleia-Geral. Na fala, gravada com antecedência e divulgada nesta sexta-feira, 24, Bolsonaro citou a crise hídrica que o Brasil vive como exemplo de desafio imposto pela mudança climática, devido à falta de chuvas, afirmou que o governo federal lida com o problema de forma ‘séria e transparente’ e que, apesar do país ter uma matriz energética limpa, ainda busca formas de diminuir o consumo de carbono.

“São tarefas enormes. Aprofundar a descarbonização nos transportes, ampliar geração de energia para nossas necessidades de desenvolvimento ou ainda lidar com desafios climáticos, que é exemplo a atual escassez hídrica do Brasil, que estamos enfrentando com planejamento, seriedade e transparência. Apesar da situação privilegiada da nossa matriz energética, não estamos de braços cruzados, queremos contribuir para o desafio coletivo desse processo de transição”, afirmou Bolsonaro no vídeo, destacando também que todas as formas de energia limpa serão importantes para a transição até uma economia sem carbono.

Em live nas redes sociais nesta quinta-feira, 23, Bolsonaro pediu que a população economize energia tomando banhos frios, apagando luzes excedentes e não utilizando aparelhos de ar condicionado. O governo tem tentado evitar um racionamento de energia, por causa de os reservatórios da usinas hidrelétricas, que respondem pela maior parte da energia consumida no Brasil, estarem uma baixa histórica. O ministro Bento Albuquerque, da pasta de Minas e Energia, já havia pedido à população e às empresas para reduzir o consumo em pronunciamento na televisão no fim de agosto. Uma das medidas tomadas pelo governo foi criar uma nova bandeira tarifária nas contas de luz, que custa R$14,20 a cada 100 kWh (quilowatt-hora).

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