Bolsonaro assina MP com crédito de R$ 20 bilhões para vacinação

Recursos serão utilizados para a compra de vacinas que integram o plano nacional de imunização do Ministério da Saúde; expectativa do governo é iniciar campanha em ‘meados de fevereiro’

  • Por Jovem Pan
  • 17/12/2020 12h11
GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO - 17/11/2020 Governo federal lançou plano nacional de imunização nesta quarta-feira, 16

O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta quinta-feira, 17, a medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 20 bilhões para a compra de vacinas para a imunização da população contra a Covid-19 – o conteúdo do texto ainda não divulgado pelo Palácio do Planalto. A MP, que foi anunciada pelo governo na última semana, foi assinada durante a posse do novo ministro do Turismo, Gilson Machado, que assumiu no lugar de Marcelo Álvaro Antonio, demitido após um bate-boca com o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo (Segov), no grupo de WhatsApp de auxiliares presidenciais. “A medida permitirá que as autoridades de saúde brasileiras fiquem em condições de adquirir as primeiras vacinas que tenham o seu uso autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que apresentem possibilidade de rápida disponibilização à população brasileira”, diz nota divulgada pelo governo.

A assinatura ocorre um dia depois de o Ministério da Saúde lançar o Plano Nacional de Imunização. Segundo o ministro Eduardo Pazuello, titular da pasta, a expectativa do governo é iniciar a imunização dos brasileiros em “meados de fevereiro”. Até o momento, nenhuma vacina obteve o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No plano anunciado nesta quarta-feira, o governo afirma que está negociando cerca de 350 milhões milhões de doses para 2021, quantidade suficiente para vacinar 175 milhões de pessoas. O governo possui acordos para a obtenção de vacinas da AstraZeneca, Pfizer e do consórcio Covas Facility e incluiu em seu planejamento 38 milhões de doses da farmacêutica Janssen, que está sendo testado no país. Além disso, a gestão Bolsonaro incluiu a CoronaVac na lista das vacinas que devem ser compradas. O imunizante é desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, órgão ligado ao governo de João Doria (PSDB), adversário político do presidente Jair Bolsonaro.

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