Bolsonaro comenta acusação de que Carlos estaria envolvido na morte de Marielle: ‘Inferno viver assim’

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2019 19h56 - Atualizado em 21/11/2019 20h01
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Carolina Antunes/PR Presidente reclamou que as especulações, que antes estavam no seu nome, agora recaem sobre o filho

O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta quinta-feira (21), em transmissão ao vivo feita nas redes sociais, as acusações de que seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), estaria envolvido com a morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Bolsonaro disse que “é um inferno viver em uma situação como essa” e reclamou que as especulações, que antes estavam no seu nome, agora recaem sobre o filho.

“Agora a suspeita recai sobre o meu filho Carlos. É um inferno viver em uma situação como essa. São pessoas inescrupulosas, tirando a atenção de casos mais graves para colocar na Marielle”, afirmou.

O jornalista Kennedy Alencar escreveu em seu blog nesta quarta-feira (20) que a Polícia Civil trabalha com uma hipótese de que Carlos estivesse envolvido no assassinato. De acordo com ele, Carlos e Marielle tiveram uma discussão pública na Câmara Municipal do Rio e o vereador era próximo de Ronnie Lessa, um dos acusados pela morte.

Aliança pelo Brasil

Na live, Bolsonaro também voltou a dizer que, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não permita a coleta eletrônica de assinaturas para a criação de seu novo partido, Aliança Pelo Brasil, a sigla ficará fora das eleições municipais de 2020.

“Se for via eletrônica, com o apoio de todos vocês, em um mês no máximo conseguimos todas. Se não for possível, não vai ficar pronto tão rápido, acho que em um ano, um ano e meio. Nesse caso, só estaremos em condições de disputar as eleições de 2022”, falou.

Segundo o presidente, o número do partido será o 38 — uma referência velada ao revólver calibre.38. “Tínhamos poucas opções, é o número mais fácil de gravar”, explicou.

Nesta quinta-feira, aconteceu a convenção de lançamento do Aliança pelo Brasil, sob forte discurso de respeito a Deus e a religiões e de oposição a movimentos de esquerda. Para Bolsonaro, “o estatuto está muito bonito, mas queremos que na prática tudo venha a se cumprir”. O presidente reafirmou os valores da nova sigla.

“Um partido conservador, que respeita todas as religiões, é favorável à posse e ao porte de armas de foto e à legítima defesa, desde que tenham alguns pré-requisitos, é claro”, declarou. “Livre comércio com o mundo todo, sem viés ideológico”, completou.

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