Bolsonaro envia vídeo para reunião do Mercosul e diz que governo ‘dá prioridade às famílias de baixa renda’

Presidente destacou os tempos desafiadores da economia mundial e enfatizou que trabalha para combater as causas do aumento dos combustíveis

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2022 16h37 - Atualizado em 21/07/2022 17h09
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Isac Nóbrega/PR - 07/06/2022 Bolsonaro Presidente Jair Bolsonaro participa da reunião com um depoimento gravado.

O presidente Jair Bolsonaro tinha avisado que não poderia comparecer, por motivos de agenda, ao primeiro encontro de líderes do Mercosul, pós-pandemia. A reunião aconteceu nesta quinta-feira, 21, em Assunção, capital do Paraguai. Tratava-se da 60ª Reunião Ordinária da Cúpula de Chefes de Estado dos países membros. Estava na pauta, entre outros assuntos, a troca de liderança do conselho. Paraguai deixou a presidência temporária do bloco e o Uruguai assumiu. Esperava-se que Bolsonaro participasse por videoconferência, mas ele preferiu enviar depoimento gravado em vídeo, onde citou os tempos “desafiadores” para a economia e reforçou que seu governo dá prioridade às “famílias baixa renda”.

“O mundo vive um momento desafiador, que nos obriga a intensificar os nossos esforços para garantir os postos de trabalho, o poder de compra e a qualidade de vida dos nossos cidadãos. Temos assegurado suprimento de fertilizantes para nossa agricultura, que é fundamental para a segurança alimentar de parte do mundo. Também trabalhamos internamente para combater as causas dos aumentos preços de combustíveis e energia”, disse.

Bolsonaro falou da PEC das Bondades, aprovada neste mês: um pacote de vários auxílios sociais que custarão ao governo R$ 41 bilhões até o fim do ano. Ele destacou o Auxílio Brasil, que teve aumento de R$ 200 por seis meses, passando a representar um benefício mensal de R$ 600 às famílias cadastradas.  Em seguida falou das prioridades do Governo: “As famílias de baixa renda continuam a ser o foco prioritário das nossas ações. Desde o início da pandemia temos trabalhador para garantir comida na mesa.”

Durante a reunião, os líderes decidiram, segundo o Ministério das Relações Exteriores, reduzir em 10% as alíquotas da Tarifa Externa Comum. Essa medida já vinha sendo tomada pelo Brasil de forma isolada. “O mundo de hoje precisa de mais comércio e investimentos, por isso trabalhamos pela aprovação do acordo moderno com Cingapura”, afirmou Bolsonaro. “Precisamos continuar ampliando nossos investimentos na América Latina e no Caribe, para fortalecer cadeias regionais de valor.” Este ano, o trânsito comercial entre o Brasil e os países membros do Mercosul foi de R$ 10 bilhões de exportação e R$ 9 bilhões de importação. De acordo com o governo federal, a maior parte (90%) são produtos da indústria de transformação, incluindo exportações dos setores automotivo e de máquinas e equipamentos.

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