Bolsonaro: inclusão de estados e municípios na Previdência ‘depende do Nordeste e da esquerda’

Divulgação Flickr/Planalto Sobre reivindicações de militares, presidente informou que isso está em negociação e que todo mundo vai ter sua "cota de sacrifício"

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira (2), que a reinclusão de estados e municípios na reforma da Previdência só depende de os “governadores do Nordeste e de esquerda votarem a favor”, mesmo que isso gere desgaste com suas bases de apoio.

“Para entrarem estados e municípios, os governadores, em especial os do Nordeste e de esquerda, têm que votar favorável. Até pouco tempo, eles queriam que fosse aprovada a reforma com voto contrário deles para eles não terem desgaste. Porque tem desgaste o parlamento, sim tem. Agora, há um sentimento dentro do parlamento e fora também de que temos que mudar. Se não mudar, o Brasil vai ter mais problemas econômicos pela frente do que já temos no momento”, disse.

Sobre reivindicações de militares em relação a regras diferenciadas de aposentadoria, o presidente informou que isso está em negociação e que todo mundo vai ter sua “cota de sacrifício”.

O relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou, após reunião nesta manhã, que não foi fechado nenhum acordo para incluir estados e municípios em seu parecer. Segundo ele, a inclusão pode acontecer posteriormente por meio de uma emenda durante a votação no Plenário da Câmara.

Ministro do Turismo

Questionado se o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, permanece no cargo, Bolsonaro respondeu que é preciso haver uma acusação formal contra ele para que se tome alguma providência. “Por enquanto tenho 22 ministros sem problema. Tem que ter acusação grave, acusação com substância. Por enquanto não tem nada contra ele ainda. Tem do assessor. Se o assessor falar e for confirmado que ele tem participação, aí a gente toma providência.”

No dia 27 de junho, a Polícia Federal (PF) deteve o assessor especial do Ministério do Turismo, Mateus Von Rondon Martins, por suspeita de integrar um suposto esquema que fraudava candidaturas eleitorais em Minas Gerais. Nesta segunda-feira (1), o assessor foi liberado pela polícia, mas outras sete pessoas foram indiciadas por participação no suposto esquema.

*Com informações da Agência Brasil