Bovespa desaba 10%, tem ‘circuit breaker’ e interrompe negócios

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2020 10h47 - Atualizado em 09/03/2020 11h14
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Nelson Antoine/Estadão Conteúdo Pessoa olhando para um telão da Bolsa de Valores com números e nomes escritos Pelas regras, a queda maior do que 10% aciona o 'circuit breaker', mecanismo que interrompe as negociações na Bolsa por 30 minutos

A B3, o principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, acionou o ‘circuit breaker’ pela primeira vez desde 18 de maio de 2017 após abrir o mercado com forte queda de 10%.

Os motivos da oscilação são o rápido avanço do coronavírus na Ásia e na Europa, e as tensões comerciais entre a Opep e a Rússia envolvendo o petróleo.

Às 10h32, o Ibovespa caiu 10,02% e chegou a 88.178 pontos. Pelas regras, uma queda maior do que 10% aciona o ‘circuit breaker’, um mecanismo que interrompe as negociações na Bolsa por 30 minutos.

Já dólar opera em alta — por volta das 9h, a cotação chegou em R$ 4,79 batendo mais um recorde nominal. De acordo com levantamento do Broadcast, a moeda americana chegou a ser negociada por mais de R$ 5 nas casas de câmbio.

Para tentar conter a disparada do dólar, o Banco Central vendeu US$ 3 bilhões à vista das reservas internacionais. No início da manhã, o BC cancelou o leilão de US$ 1 bilhão que faria e aumentou o valor para US$ 3 bilhões. A decisão se deu por “condições do mercado”, de acordo com a assessoria de imprensa do BC.

Bolsas no mundo

O dia é marcado por quedas em Bolsas ao redor do mundo por medo sobre o novo coronavírus e como consequência da disputa de preços de petróleo entre Arábia Saudita e Rússia. O petróleo do tipo Brent chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo.

Na Ásia, as Bolsas da China, seguindo o mau humor generalizado dos mercados financeiros, fecharam em queda. O principal índice acionário do país, o Xangai Composite, teve recuo de 3,01%.

Na Europa, os mercados abriram a manhã desta segunda com queda generalizada. Tudo sob os mesmos motivos — petróleo e coronavírus.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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