Brasil corre alto risco de reintrodução da poliomielite, alerta Opas
Organização Pan-Americana de Saúde emite comunicado e ressalta preocupação com países como República Dominicana, Haiti e Peru; nível da vacinação brasileira é o menor desde 1994
A Organização Pan-Americana de Saúde emitiu um comunicado nesta quarta-feira, 21, onde manifesta preocupação com a baixa cobertura vacinal brasileira para o combate contra a poliomielite e ressalta que o país corre um risco alto de ter um novo surto da doença. A queda na imunização é a menor desde 1994, com apenas 79% do público alvo que se imunizou. Além do Brasil, países como a República Dominicana, o Haiti e o Pery foram alvos do alerta. Kathy Hochul, governadora de Nova York, declarou neste mês estado de emergência para aumentar os esforços na vacinação da população local para impedir que a poliomielite se espalhe após o vírus ser detectado em amostras de esgoto. Londres e Jerusalém também passaram por situações semelhantes. Com uma consequência de paralisia irreversível, a doença pode ser facilmente prevenida através de vacinas disponibilizadas desde 1955. Sem cura conhecida, três injeções produzem quase 100% de imunidade contra a doença. A população mais suscetível a ter a doença e manifestar suas complicações são as crianças de até cinco anos de idade. De maneira assintomática, a infecção também pode causar febre e vômitos. Uma a cada 200 infecções leves resultam numa paralisia irreversível, onde até 10% não resistem e morrem.
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