Brasil recebe vice-presidente dos EUA e deve tratar sobre Venezuela e imigração

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/06/2018 13h19
EFE EFE vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, vai se reunir com Michel Temer em Brasília

Com clara prioridade na questão da Venezuela, o vice-presidente americano, Mike Pence, chega nesta terça-feira, 26, ao Brasil para um encontro com o presidente Michel Temer. Mas Pence vai encontrar do outro lado da mesa uma grande preocupação com as famílias brasileiras separadas pelas autoridades migratórias dos Estados Unidos.

“A visita do vice-presidente Pence tem importância alta”, afirmou nesta segunda-feira, 25, o subsecretário geral de Assuntos Políticos Multilaterais, Europa e América do Norte, embaixador Fernando Simas Magalhães. Trata-se da mais alta autoridade dos EUA a visitar o Brasil durante o governo Temer.

A programação de terça-feira prevê uma reunião às 12h no Palácio do Planalto e um almoço às 13h no Itamaraty. Na quarta-feira, 27, Pence estará no Amazonas, onde visitará às 11h15 a Casa da Acolhida Santa Catarina, que atua como um centro de refugiados venezuelanos. Se houver condições climáticas favoráveis, ele fará em seguida um sobrevoo pela floresta amazônica, antes de seguir às 14h30 para o Equador.

“Sem dúvida, Venezuela é um tema da agenda”, comentou o embaixador. Ele disse que o Brasil vê “com satisfação” o interesse de Pence em verificar como o País tem lidado com a questão dos imigrantes venezuelanos.

Segundo o embaixador, Brasil e EUA têm um diálogo no contexto regional. “O que buscamos com os Estados Unidos e outros parceiros regionais dentro do grupo de Lima e outros é o encaminhamento que permita saída democrática para a Venezuela e um olhar solidário da região sobre questões humanitárias”, explicou. Simas lembrou que os EUA têm contribuído, inclusive financeiramente, com os programas de ajuda aos venezuelanos.

No dia 6 de junho, a Organização dos Estados Americanos (OEA) iniciou formalmente um processo de suspensão da Venezuela por descumprimento da Carta Democrática Interamericana. A aprovação dessa resolução ocorreu dentro de um “esforço compartilhado” de diversos países, entre eles Brasil e EUA.

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