Brasil registra ano mais quente da história em 2023; temperatura global bate recorde

Média do país atingiu 24,92°C, superando 2015 e 2019; observatório europeu aponta que todos os dias do ano passado registraram termômetros superiores em 1°C aos níveis pré-industriais

  • Por da Redação
  • 09/01/2024 10h49 - Atualizado em 09/01/2024 11h03
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BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Calor Além disso, o ano passado também registrou a temperatura máxima mais alta já registrada no país

O Brasil registrou o ano mais quente de sua história em 2023. O dado é do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), órgão oficial da previsão do tempo no país, e aponta que a média de temperatura no país atingiu 24,92°C, superando os anos de 2015 e 2019. Essa marca também superou a média histórica do Brasil, que é de 24,23°C, de acordo com os registros desde 1961. Além disso, o ano passado também registrou a temperatura máxima mais alta já registrada no país, com 44,8°C em Araçuaí, Minas Gerais, durante a oitava onda de calor do ano. O ano de 2023 também foi marcado por extremos climáticos no Brasil. Houve chuvas intensas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, secas históricas na Amazônia e sucessivas ondas de calor. No entanto, essa situação não é exclusiva do Brasil. O observatório Copernicus, da Agência Espacial Europeia, afirmou que 2023 foi o ano mais quente desde o início dos registros em 1850, com temperaturas excepcionalmente altas em várias partes do planeta, incluindo os oceanos.

A média global de temperatura em 2023 foi de 14,98°C, superando em 0,17°C o recorde anterior de 2016. Além disso, foi o primeiro ano em que todos os dias registraram temperaturas superiores em 1°C aos níveis pré-industriais. Em novembro, pela primeira vez na história, houve dois dias consecutivos em que as temperaturas foram superiores em 2°C. Esses dados alarmantes indicam que 2023 foi o ano mais quente dos últimos 125 mil anos. E especialistas alertam que 2024 também pode ser um dos anos mais quentes da história. A combinação do aumento das temperaturas dos oceanos e do planeta, juntamente com os efeitos do El Niño, pode resultar em ondas de calor e possíveis recordes de temperatura neste verão.

 

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