Brasil tem 1,4 milhão de casos de dengue em 2019: aumento de 600%

  • Por Jovem Pan
  • 11/09/2019 10h27 - Atualizado em 11/09/2019 10h30
Arquivo/Agência Brasil Ilustrativo Minas Gerais lidera o número de casos, apesar de São Paulo apresentar maior aumento na incidência

O número de casos de dengue no Brasil aumentou em 599,5% neste ano. De acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (11), até o dia 24 de agosto, mais de 1,4 milhão (1.439.471 ) de casos da doença foram registrados em todo o país, uma mé media de 6.074  por dia. No ano passado, o período possuía 205.791 notificações.

Dessa forma, a taxa de incidência da dengue no país é 690,4 casos a cada 100 mil habitantes. No total, 591 pacientes com a doença morreram, neste ano, em decorrência de complicações do quadro de saúde.

Entre os estados com mais casos registrados, Minas Gerais lidera a lista, com 471.165 ocorrências em 2019 contra 23.290 no mesmo período do ano passado. Em segundo lugar aparece São Paulo, com 437.047 casos, tornando-se o estado em que a incidência da doença mais cresceu (3.712%) no intervalo de análise. Em 2018, foram reportados 11.465 quadros de dengue no local.

Quando o critério é a variação por região do país, o quadro mais crítico se encontra no Sul (3.224,9%), que contrasta com o do Centro-Oeste (131,8%). Além disso, nota-se que apenas dois estados apresentaram queda na prevalência da dengue: Amazonas, que diminuiu o total de 1.962 para 1.384 (-29,5%), e Amapá, onde houve redução de 608 para 141 (-76,8%).

Considerando a série histórica com o total de casos de dengue registrados desde 1998, 2019 já é o quarto ano com maior número de casos, atrás apenas de 2015 (recorde com 1.688.688), 2016 (1.500.535) e 2013 (1.452.489).

Chikungunya e zika

O levantamento do ministério também reúne informações sobre a febre chikungunya. Ao todo, os estados já contabilizavam, até o final de agosto deste ano, 110.627 casos, contra 76.742 do mesmo período em 2018.Segundo a pasta, o índice de prevalência da infecção, que também tem como transmissor o mosquito Aedes aegypti, é bastante inferior ao da dengue: 53,1 casos a cada 100 mil habitantes. Até o encerramento do balanço, haviam sido confirmadas laboratorialmente 57 mortes provocadas pela chikungunya.

O boletim epidemiológico acompanha também a situação do zika. Nesse caso, somente o Centro-Oeste apresentou queda nas transmissões (-35,4%). De 2018 para 2019, o total de casos de zika saltou de 6.669 para 9.813, gerando uma diferença de 47,1% e alterando a taxa de incidência de 3,2 para 4,7 ocorrências a cada 100 mil habitantes. Neste ano, o zika vírus foi a causa da morte de duas pessoas.

*Com informações da Agência Brasil

 

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