Morre voluntário brasileiro que participava de testes da vacina de Oxford contra Covid-19

Investigação foi aberta pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança, mas não há informações sobre se causa da morte tem ligação com vacina

  • Por Jovem Pan
  • 21/10/2020 13h58 - Atualizado em 21/10/2020 14h42
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Reuters Doses da vacina e uma seringa deitada. Ao fundo, logo da AstraZeneca Em Manaus, idoso de 83 anos morre após receber imunizante da AstraZeneca/Oxford

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou na tarde desta quarta-feira, 21, que foi informada formalmente do falecimento de um voluntário brasileiro da vacina AstraZeneca/Oxford no último dia 19 de outubro. Segundo o órgão, uma investigação é realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança para analisar o caso. A agência não informou a causa da morte do voluntário ou se ela tem ligação direta com a vacina, mas disse que as agências reguladoras envolvidas sugeriram o prosseguimento do estudo.

Segundo a Anvisa, os dados sobre voluntários são mantidos em sigilo por regulamentos nacionais e internacionais conforme compromisso de confidencialidade. “A Anvisa está comprometida a cumprir esses regulamentos, de forma a assegurar a privacidade dos voluntários e também a confiabilidade do país para a execução de estudos de tamanha relevância”, diz a nota. Apesar do brasileiro participar do estudo, não há informações até o momento sobre se ele recebeu o placebo da vacina ou a dose que é desenvolvida pela universidade europeia.

O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), responsável pela administração das pesquisas com a vacina no Rio de Janeiro, afirmou, em nota, que também não confirma publicamente a participação de nenhum voluntário no estudo clínico por respeito aos critérios de confidencialidade. Eles pontuaram, porém,que as condições médicas da aplicação do teste foram “cuidadosamente avaliadas pelo comitê independente de segurança, pelas equipes de investigadores e autoridades regulatórias locais e internacionais”, e apontaram que o estudo é “randomizado e cego”, no qual apenas metade dos participantes recebe o imunizante produzido por Oxford.

Inicialmente, os testes da vacina de Oxford no Brasil teriam a participação de cinco mil pessoas, mas no mês de setembro a Anvisa autorizou que esse número fosse ampliado para 10 mil. Até o momento, oito mil pessoas foram vacinadas, segundo o IDOR. No Brasil, o teste é realizado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.

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