Pesquisa revela quais são os golpes financeiros mais praticados durante o Carnaval

Adulteração de Pix ou QR Code lidera a lista, que também aponta crimes como perfis falsos de lojas, clonagem de cartões e roubo de celular seguido de acesso a contas bancárias

  • Por Jovem Pan
  • 27/02/2025 11h46 - Atualizado em 27/02/2025 14h09
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ROBERTO SUNGI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO O cantor Alceu Valença comanda o Bloco Bicho Maluco Beleza, durante o carnaval de rua de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, na zona sul Bloco Bicho Maluco Beleza, no Carnaval de rua de São Paulo, no Parque do Ibirapuera

Um levantamento realizado pela fintech Koin aponta que o Carnaval continua sendo um período de alto risco para fraudes financeiras e digitais. Entre os golpes mais comuns estão a adulteração de QR Codes e perfis falsos de lojas que vendem produtos carnavalescos. De acordo com a pesquisa, 18,4% dos entrevistados já foram vítimas de algum tipo de golpe durante a folia.

As fraudes mais frequentes incluem:

  • Pix ou QR Code adulterado (46,4%)
  • Perfis falsos vendendo produtos ou serviços carnavalescos (35,7%)
  • Clonagem de cartão ou cobranças indevidas em transporte (21,4%)
  • Roubo de celular seguido de acesso a contas bancárias ou clonagem de WhatsApp (17,9%)
  • Venda de ingressos falsos (14,3%)
  • Golpes em hospedagens, como anúncios falsos ou cobranças indevidas (10,7%)

Os prejuízos financeiros também são significativos: 28,6% das vítimas perderam entre R$ 100 e R$ 500, enquanto 21,4% tiveram perdas superiores a R$ 1.000. Apenas 17,9% conseguiram evitar danos financeiros. Mesmo diante dos riscos, a maioria dos foliões adota medidas de proteção: 72% afirmam se precaver contra fraudes, 12,5% tomam cuidado apenas ocasionalmente e 15,1% admitem não se protegerem, tornando-se alvos mais vulneráveis.

Entre as principais estratégias de segurança adotadas estão:

  • Evitar fornecer dados pessoais ou bancários a desconhecidos (66,4%)
  • Não sacar dinheiro em caixas eletrônicos próximos a eventos (51,3%)
  • Ativar a autenticação em dois fatores no celular e em aplicativos bancários (46%)
  • Conferir QR Codes antes de pagamentos e verificar a autenticidade de anúncios de hospedagem (36,8%)

Furtos e roubos de celulares

Para reduzir o risco de furtos e roubos, 68,4% dos entrevistados evitam expor o celular em locais movimentados, 53,9% ativam o rastreamento do aparelho, 44,7% utilizam senhas fortes e biometria para desbloqueio, e 32,9% desativam o Pix ou reduzem os limites de transferência durante o período festivo. Caso o celular seja roubado, as principais reações dos foliões são registrar um boletim de ocorrência (34,9%), bloquear o aparelho remotamente (34,9%) e avisar o banco para impedir transações fraudulentas (22,4%).

A pesquisa também mostrou a percepção dos foliões sobre pagamentos digitais durante o Carnaval. Enquanto 38,2% evitam esse tipo de pagamento por segurança, 34,9% se sentem muito seguros, 19,7% se dizem razoavelmente seguros e 7,2% consideram arriscado realizar pagamentos digitais na folia. “O Carnaval é um período crítico para golpes e fraudes devido à grande concentração de pessoas. A educação financeira e digital é essencial para que os foliões aproveitem a festa sem prejuízos”, alerta Gabriela Jubram, head de marketing da Koin.

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Ela destaca que medidas como o uso de senhas fortes, biometria facial e controle de acesso aos aplicativos ajudam a reduzir fraudes e garantir mais tranquilidade aos consumidores. O levantamento foi realizado na primeira quinzena de fevereiro e ouviu 250 pessoas em todas as regiões do Brasil.

Publicado por Felipe Dantas

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