Caso Guilherme: Ex-PM procurado é suspeito de participar de outros assassinatos

A polícia identificou diversas mortes com características de execução que aconteceram durante os anos em que Gilberto Eric Rodrigues estava na ativa na região onde trabalhava

  • Por Leonardo Martins
  • 31/07/2020 17h46
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Reprodução/redes sociais Guilherme Silva Guedes foi morto no dia 14 de junho na Vila Clara, região de Americanópolis, zona sul de São Paulo

O ex-PM envolvido no assassinato do jovem Guilherme Silva Guedes, 15, é suspeito de participação em execuções enquanto ainda trabalhava como policial no 37º Batalhão da PM, na zona sul de São Paulo. Gilberto Eric Rodrigues é foragido da Justiça desde 2015, quando pulou o muro do presídio Romão Gomes e fugiu. Ele estava preso após ser acusado de participar de uma chacina no bairro Jardim Rosada, em 2013, quando sete pessoas foram executadas na porta de um bar.

Um dia antes da chacina, segundo investigações da Polícia Civil, a um quilômetro de distância do local do massacre, um homem identificado como Rodrigo Barbosa foi executado com um tiro na nuca após dizer para os assassinos que ele possuía uma passagem pelo crime de roubo. Uma testemunha que estava com Rodrigo Barbosa conseguiu fugir e sobreviveu. “Segundo tal testemunha, os autores ocupavam dois veículos e um deles era um Space Fox preto, o qual apresenta as mesmas características do veículo que também foi utilizado na chacina. Inclusive, no inquérito policial da chacina, na residência de Gilberto Eric Rodrigues, foi encontrada uma chave que coincidentemente seria do veículo Space Fox preto, produto de roubo, abandonado pelos autores, nas proximidades do local dos fatos”, diz um trecho do documento do caso ao qual a Jovem Pan obteve acesso.

Atualmente, Gilberto Eric Rodrigues soma mais uma acusação em sua ficha criminal após ser apontado como um dos suspeitos de ter assassinado o jovem Guilherme Silva Guedes no dia 14 de junho na Vila Clara, região de Americanópolis, na zona sul da capital. No dia do assassinato, o adolescente estava no portão de sua casa, de madrugada, quando dois homens o sequestraram. O corpo do rapaz foi encontrado horas depois em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, com dois tiros na cabeça e marcas de agressão pelo corpo.

Fora uma chacina e os dois assassinatos, a polícia também identificou diversas mortes com características de execução que aconteceram durante os anos em que o ex-PM estava na ativa na região onde trabalhava. Por isso, investigadores apuram se Gilberto Eric Rodrigues tem envolvimento com outros casos.Com todas essas suspeitas, a Justiça de São Paulo acatou o pedido da polícia e decretou a prisão preventiva do ex-PM. O outro suspeito de participar e arquitetar o crime que resultou na morte de Guilherme é o sargento da PM Adriano Fernandes Campos, do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de São Bernardo de Campo, que está preso.

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