Caso Henry: Ministério Público denuncia Monique e Jairinho por homicídio triplamente qualificado

Pedido do MPRJ foi apresentado por promotor após recebimento do inquérito policial, finalizado na última segunda-feira, 3

  • Por Jovem Pan
  • 06/05/2021 16h22 - Atualizado em 06/05/2021 17h30
Vitor Brugger/AM Press/Estadão Conteúdo Cercada por policiais e fotógrafos, Monique Medeiros, mãe de Henry, entra no carro da polícia Monique e Jairinho foram denunciados pelo MPRJ

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou por tortura qualificada e homicídio triplamente qualificado nesta quinta-feira, 6, o vereador Jairo Souza Santos (Dr. Jairinho) e a professora Monique Medeiros, padrasto e mãe do menino Henry Borel, morto na Barra da Tijuca no último dia 8 de março. No documento, emitido pelo promotor Marcos Kac, o MPRJ apontou que Jairinho decidiu ceifar a vida da criança por acreditar que ele atrapalhava na relação com Monique e o fez por meio cruel. O promotor afirmou, ainda, que Monique se omitiu da responsabilidade sobre Henry “concorrendo eficazmente para a consumação do crime de homicídio do seu filho”, e que cometeu falsidade ideológica ao dar um falso testemunho sobre o que causou a morte dele. As coerções por parte do casal para que a empregada e babá da família omitissem as agressões sofridas pelo menino em depoimento à polícia também foram apontadas.

Na denúncia, o MP pediu que a prisão do casal, que atualmente é temporária, fosse transformada em preventiva. O documento foi emitido após a Polícia Civil do Rio de Janeiro terminar o inquérito com as investigações do crime e trazer detalhes das agressões sofridas periodicamente por Henry com base nos depoimentos das testemunhas. A defesa de Monique Medeiros afirmou, em nota, que a denúncia acertou ao imputar o homicídio qualificado contra Jairinho, mas “incorreu em excesso” ao afirmar que Monique tem qualquer tipo de participação no crime. Na última segunda-feira, 3, o casal foi indiciado por homicídio duplamente qualificado com emprego de tortura. Na ocasião, o delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP do RJ, afirmou que a rotina de violência vivida por Henry foi suavizada pelos depoimentos e refutou pedidos da defesa de Monique Medeiros afirmando que ela não foi silenciada e terá nova oportunidade de prestar depoimento em juízo.

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