Cidade de SP vai priorizar recuperação de aprendizagem e monitorar alunos para evitar evasão escolar no 2º semestre

Secretário municipal da Educação anunciou afrouxamento na ocupação máxima de alunos permitida, mas manteve distanciamento e uso de máscara

  • Por Jovem Pan
  • 20/07/2021 13h00 - Atualizado em 20/07/2021 18h41
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DANIEL RESENDE/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Profissional da educação aguarda chegada de aluno para volta às aulas presenciais Análise de provas realizadas com os alunos indicam que 30% dos estudantes da rede municipal não entregaram nenhuma ou apenas parte das atividades durante a pandemia

O secretário da Educação da cidade de São Paulo, Fernando Padula, anunciou mais um avanço no retorno das aulas presenciais no município. Até o final de julho, as salas de aula continuam com ocupação máxima de 35%. A partir do dia 2 de agosto, a capacidade de atendimento será ampliada seguindo as recomendações do governo do Estado com foco em recuperação da aprendizagem e busca ativa de alunos para evitar evasão escolar. O prefeito da cidade, Ricardo Nunes, destacou que, até sexta-feira, 23, 80% do público elegível para vacinação já estará imunizado — o que permite o afrouxamento das regras, apesar dos cuidados de uso de máscara e distanciamento social mantidos. Além disso, todos os servidores da educação já foram vacinados. Hoje, na cidade, a ocupação dos leitos de UTI por Covid-19 está em 52,9% e em 32,1% em enfermaria. Com isso, as aulas do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) também vai retornar. Entretanto, o avanço da contaminação pela variante delta acende um alerta. A cidade já tem oito casos confirmados, o que certifica a transmissão comunitária.

Em agosto, os Centros de Educação Infantil (CEI) vão funcionar com 60% da capacidade e sem revezamento dos bebês e crianças. Já as Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI) e Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Médio (EMEF/M) vão funcionar com a capacidade total, mas com revezamento dos alunos em até duas turmas — respeitando o limite de espaço de cada escola, com distanciamento de um metro e o uso de máscaras. Além disso, a higienização dos ambientes e aferição de temperatura serão mantidos. Foram distribuídas 81.785 máscaras do tipo face shield e 1.650.400 do tipo PFF2 aos profissionais do setor. As turmas do EMEI também devem ter a jornada diária em 30 minutos para adequação de protocolos e limpeza das salas de aula.

Análise de provas realizadas com os alunos indicam que 30% dos estudantes da rede municipal não entregaram nenhuma ou apenas parte das atividades durante a pandemia em 2020. Alunos classificados com desempenho abaixo do básico permaneceram neste patamar. Porém, quem estava no patamar básico observou queda no rendimento. Quem era classificado como avançado permaneceu na mesma posição. Para combater a evasão escolar, serão feitos trabalhos de busca ativa para localizar problemas de insegurança alimentar, trabalho infantil, doença crônica, defasagem de aprendizagem, vítimas de violência e outros fatores — além do monitoramento de quem começar a se ausentar nas aulas. Vale lembrar que os alunos com comorbidades ainda não precisam voltar. Mesmo para outros estudantes, o retorno ainda é facultativo. No projeto de recuperação, estão previstas mais ações. Será retomado o programa Mais Educação SP e a utilização dos cadernos trilhas de aprendizagem, além da criação de grupos com turmas de até 12 estudantes, respeitando protocolos. Alunos do 3º ano do Ensino Fundamental até a 3ª série do Ensino Médio serão submetidos a avaliação diagnóstica para que se perceba onde estão as defasagens no aprendizado.

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