Companheira e irmã de Marielle participam de sessão solene na Câmara

  • Por Estadão Conteúdo
  • 22/03/2018 11h20
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Reprodução/Facebook Anielle Silva e Mônica Benício, irmã e esposa de Marielle, respectivamente, chegaram à Câmara acompanhadas de parlamentares e militantes
A companheira e a irmã da vereadora do Rio Marielle Franco, executada a tiros na semana passada na capital fluminense, participam nesta quinta-feira, 22, de sessão solene na Câmara dos Deputados que marca o Dia Internacional do Direito à Verdade, oficialmente comemorado em 24 de março. A sessão solene é promovida por deputados do PSOL, partido ao qual a vereadora era filiada.

Anielle Silva e Mônica Benício, irmã e esposa de Marielle, respectivamente, chegaram à Câmara acompanhadas de parlamentares e militantes.

No caminho até o plenário, a comitiva cruzou com o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que é alvo de representação do PSOL no Conselho de Ética da Casa sob acusação de abuso de prerrogativas asseguradas aos membros do Congresso Nacional. Não houve reação de nenhum dos lados no encontro.

O partido acusa Fraga, que é coordenador da chamada bancada da bala na Câmara, de quebra de decoro por ter divulgado informações falsas sobre Marielle. Na sexta-feira, 16, ele publicou no Twitter um comentário em que apontava suposta relação entre a vereadora e uma organização criminosa. A postagem foi removida de seu perfil no domingo, 18, após protestos dos internautas.

Autora do pedido para realização da sessão solene, a deputada Luiz Erundina (PSOL-SP) fez homenagem à vereadora carioca morta na semana passada.”Marielle Franco deu sua vida pelos direitos humanos, pela liberdade democrática e igualdade dos seres humanos no País. Marielle vive”, discursou a parlamentar paulista da tribuna do plenário da Câmara.

Erundina afirmou que o objetivo da sessão é “denunciar a não revelação da verdade” de pessoas assassinadas por motivos políticos. “E exigir que se apure e se providencie na Justiça a punição aos culpados”, afirmou a deputada.

De acordo com ela, são pelo menos 434 “desaparecidos políticos” no Brasil revelados pela Comissão Nacional da Verdade.

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