CoronaVac é eficaz contra variante brasileira do coronavírus, mostra estudo

Pesquisa do grupo Vebra Covid-19 contou com a participação de 67.718 trabalhadores de saúde de Manaus, um dos locais onde a nova cepa é predominante

  • Por Jovem Pan
  • 07/04/2021 09h56 - Atualizado em 07/04/2021 09h56
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SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO A CoronaVac é a vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan Expectativa é manter a pesquisa para avaliar a eficácia da vacina após 14 dias da segunda aplicação

A vacina CoronaVac é eficaz contra a variante P.1 do coronavírus, descoberta em Manaus, no Amazonas. Dados divulgados nesta quarta-feira, 7, apontam que a vacina demonstrou eficácia de 50% para prevenir o adoecimento dos imunizados após 14 dias da primeira dose do composto. O estudo do grupo Vebra Covid-19 contou com a participação de 67.718 trabalhadores de saúde moradores da capital amazonense, um dos locais onde a nova cepa é predominante. Segundo os pesquisadores, os resultados são “encorajadores”, pois mostram que redução do risco de doença mesmo em cenários com prevalência da variante brasileira.

A descoberta acontece em um momento que outros países da América do Sul começam a registrar casos da P.1. No Peru, a cepa é responsável por cerca de 40% das novas infecções em Lima; no Uruguai o índice é de 30% entre os novos casos registrados, enquanto o Paraguai a incidência chega a 50%. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), outras nações do mundo já registraram a variante brasileira, como Estados Unidos, Japão, México, Reino Unido, Espanha, Itália, França e Índia, o que demonstra a importância da eficácia do imunizante também para outros países. “Esses achados apoiam o uso contínuo dessa vacina [CoronaVac] no Brasil e em outros países com a circulação da mesma variante”, afirmam os pesquisadores em nota.

Agora, a expectativa do grupo é manter a pesquisa para avaliar a eficácia da vacina, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, após 14 dias da segunda aplicação. Estudos para mensurar a efetividade da CoronaVac, assim como do imunizante da AstraZeneca/Oxford, em idosos também serão realizados em Manaus, Campo Grande, São Paulo e no Estado de São Paulo. O grupo Vebra Covid-19, responsável pela análise, envolve pesquisadores de nacionais e internacionais, servidores da secretaria de saúde do Estado do Amazonas e de São Paulo e também de da secretária de saúde de Manaus e da capital paulista.

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