A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou por unanimidade, em reunião extraordinária nesta quarta-feira, 31, o pedido do Ministério da Saúde que demandava a “autorização excepcional e temporária para importação e distribuição” de 20 milhões de doses da vacina Covaxin/BBV152 contra a Covid-19. Segundo a fabricante indiana, a Bharat Biotech International, os resultados clínicos indicam que o imunizante possui eficácia de 81% contra o coronavírus. No entanto, a Diretoria Colegiada da Anvisa concluiu que os materiais disponíveis para análise são insuficientes para autorizar a importação da vacina, apontando a ausência de “certificação de liberação de lotes”, “licença de importação” e “relatório técnico da autoridade que concedeu o uso emergencial”. Em sua composição, a Covaxin contém versões inativadas do Sars-CoV-2, o vírus que provoca a doença. A tecnologia é semelhante à usada pela Coronavac, do Instituto Butantan.
Ainda nesta terça-feira, 30, a Anvisa negou a certificação de boas práticas de fabricação à
Bharat Biotech International. O documento é necessário para a obtenção do registro de remédios e vacinas no Brasil, já que assegura que a empresa avaliada cumpre com as práticas regulamentares de qualidade, eficácia e segurança dos insumos produzidos. A Covaxin foi o segundo imunizante analisado pela Anvisa nesta tarde, que
aprovou por unanimidade o uso emergencial da vacina Janssen, do grupo Johnson & Johnson. Com a decisão favorável dos cinco membros da Diretoria Colegiada, o governo federal pode iniciar a aplicação da vacina de dose única na população brasileira. Segundo o
Ministério da Saúde, um acordo firmado com a farmacêutica ainda no mês de fevereiro prevê a entrega de 38 milhões de doses para o país até novembro. Por ser aplicado em dose única, o imunizante da Johnson poderá ser dado a 38 milhões de brasileiros.
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