Covid-19: Brasil registra uma morte a cada dois minutos desde o início da pandemia

Com 300 mil vidas perdidas para o coronavírus, país é responsável por 11% das vítimas fatais da doença em todo o mundo; seria possível lotar quatro vezes o Maracanã

  • Por Jovem Pan
  • 24/03/2021 19h48 - Atualizado em 24/03/2021 19h53
ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Cemitério da Vila Formosa Atingindo patamar recorde de mortes, Brasil vivencia pior momento da pandemia

O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira, 24, a marca de 300 mil mortos pela Covid-19. Desde que o vírus chegou às terras brasileiras, em 26 de fevereiro do último ano, o número de vidas perdidas tem crescido exponencialmente, atingindo o ápice de 300.675 óbitos, segundo o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. Considerando a data de início da pandemia no país até presente o momento, houve em média uma morte por coronavírus a cada dois minutos. Além disso, há exatamente um ano, em 24 de março de 2020, o Brasil contabilizava 2.271 casos confirmados e 47 mortos pelas complicações da doença – patamar muito distante do atual. De acordo com o balanço da pasta, São Paulo é o estado que mais acumula mortes, com 68.904 vítimas fatais. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com 35.373. Minas Gerais ocupa a terceira colocação, com 22.497 vidas ceifadas pela doença.

Com exceção dos Estados Unidos, o Brasil é a única nação do mundo que atingiu o recorde de 300 mil mortos, sendo responsável por 11% dos óbitos por coronavírus em todo o mundo. Em termos práticos, seria possível lotar cerca de quatro vezes o estádio do Maracanã com os corpos das vítimas da Covid-19 no país. Atualmente, o Brasil vivencia o pior momento da pandemia, com o nível de contágio elevado, a falta de insumos para tratar pacientes, a capacidade das UTIs no limite e o lento ritmo de vacinação em diversas regiões. Nesta terça-feira, 24, o país bateu o recorde de mortes registradas em 24 horas, superando a quantidade de 3.000 vidas perdidas. De acordo com a média dos últimos sete dias, a cada quatro mortes registradas no planeta, uma aconteceu no Brasil. Há 63 dias, registra-se um número superior a mil óbitos diários. Há pouco mais de dois meses, em 7 de janeiro, o país superou o nível dos 200 mil mortos.

Alteração no sistema de notificação do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde passou a exigir mais dados sobre cada uma das vítimas fatais da doença no país. Devido à mudança no sistema de notificação, as secretarias estaduais de saúde informaram uma quantidade reduzida de mortes relativas às últimas 24 horas, número muito inferior às médias apresentadas até então. Por exemplo, São Paulo notificou 281 óbitos, mas sua média equivale a 532 mortes por dia. A região de Mato Grosso do Sul reportou apenas 20 casos fatais, mas o próprio secretário de Saúde alegou que a quantidade não condiz com a realidade. Ceará e Amapá não informaram nenhuma morte nas últimas 24 horas. No entanto, após as críticas, a pasta suspendeu as alterações realizadas no registro de mortes pela Covid-19.

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