Covid-19: Ministério da Saúde pretende imunizar 10% da população no 1º semestre de 2021

Pasta fez o pagamento da primeira parcela da aliança global que visa a acelerar o desenvolvimento de imunizantes contra a doença, a Covax Facility

  • Por Jovem Pan
  • 08/10/2020 21h44 - Atualizado em 09/10/2020 00h02
EFE/EPA/RDIF Frascos da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V Programa também tem o objetivo de fazer uma distribuição equitativa da vacina

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira, 8, o pagamento da primeira parcela da aliança global que visa a acelerar o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, a Covax Facility. O valor foi de R$ 830 milhões, de um total de R$ 2,5 bilhões. O programa, do qual o Brasil faz parte, também tem o objetivo de fazer uma distribuição equitativa do imunizante. Há nove vacinas no portfólio da Covax. Por meio dele, o País deverá receber até o fim do primeiro semestre de 2021 doses para 10% da população brasileira, o que equivale a 20 milhões de pessoas — em caso de vacinas que necessitem de duas doses, isso representaria 40 milhões de doses. Os imunizantes se somarão à produção já acordada pelo Ministério da Saúde com o laboratório AstraZeneca, que testa a vacina desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford. No total, a estimativa do ministério é que o Brasil chegue a 140 milhões de doses contra o novo coronavírus na primeira metade do ano que vem.

“Foi feito um pagamento antecipado de R$ 830 milhões (à Covax Facility), que ocorreu entre ontem (quarta-feira) e hoje (quinta-feira). Depois, de acordo com as condições contratuais será feito o restante do pagamento quando se definir um dos laboratórios”, disse o secretário executivo da pasta, Élcio Franco. Ele também destacou que o Brasil aderiu à opção da Covax em que o País pode escolher qual vacina do portfólio imunizará a população quando estiver disponível. Estas são as nove iniciativas que integram o portfólio da Covax Facility: Inovio, Moderna, Curevac, ThemisMerk, Oxford/AstraZeneca, Novavax, Universidade Queensland, Clover e Universidade de Hong Kong.

“Havia duas opções na adesão, uma com o valor um pouco menor, mas com um risco maior e que nós fossemos contemplados com uma das vacinas apontadas pela Covax Facility. A que o Brasil aderiu foi a opção dois, em que nós poderemos escolher qual daquelas vacinas (virá para o Brasil). Isso nos trará uma segurança para a população, uma vez que só será disponibilizada a vacina para a população brasileira aquela vacina que for aprovada pela Anvisa”, explicou Élcio Franco. Nas contas do ministério, 10% da população brasileira equivale à soma de pessoas com mais de 80 anos (4,4 milhões), as pessoas com morbidades (10,7 milhões) e os trabalhadores da área da Saúde (5 milhões). O governo federal ainda reforçou que a previsão de começar a imunizar a população continua para o primeiro trimestre de 2021, considerando os prognósticos, acompanhamento e escala produtiva que está se desenhando, mas lembrou que “existe um possibilidade de atraso”.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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