Covid-19: UFMG busca voluntários para iniciar testes da vacina da Johnson & Johnson

Interessados não precisam atuar na área da saúde para participar; veja os requisitos e onde se inscrever

  • Por Jovem Pan
  • 05/10/2020 12h08
Hanna Gabriela/Estadão Conteúdo Vacina da americana Johnson & Johnson será testada em oito paises

A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG anunciou nesta segunda-feira, 5, que comandará os testes da fase 3 da vacina da Johnson & Johnson contra a Covid-19, conhecida como Ad26.COV2.S. Em comunicado publicado na página oficial da Instituição, a Universidade informou que os testes devem começar na próxima semana e contarão com 30 a 60 mil participantes na Argentina, no Brasil, no Chile, na Colômbia, no México, no Peru, na África do Sul e nos Estados Unidos. No Brasil serão dois mil voluntários. Todos os participantes serão recrutados pelos centros vinculados à CoVPN e J&J.

Diferente de outros testes clínicos realizados no Brasil com possíveis imunizantes contra a Covid-19, os candidatos à vacina da J&J não precisam ser da área da saúde. De acordo com a UFMG “a prioridade é alcançar pessoas que corram mais risco de infecção pelo vírus”. Poderão participar do estudo pessoas acima de 18 anos, sem limite superior de idade. Para se inscrever é necessário preencher um formulário na internet. A Instituição espera montar um conjunto de voluntários que reflita a diversidade populacional do país, segundo variáveis como faixa etária, condição social, raça e gênero.

A pesquisa terá uma divisão por grupos, seguindo determinadas etapas. Inicialmente, a vacina será testada em pessoas sem patologias prévias, em grupos com menos ou mais de 60 anos. Após constatada a segurança do produto, haverá a segunda etapa com a testagem em pessoas da mesma faixa etária (grupo de 18 a 60 anos e o grupo com mais de 60 anos), mas com alguma comorbidade (obesidade, problemas cardíacos, hipertensão arterial, entre outras). Como em outras pesquisas, um grupo receberá placebo e outro receberão a vacina, a escolha será feita por sorteio. “Este é um estudo duplo-cego, em que nem os pacientes nem os investigadores sabem o que receberam. Todos serão acompanhados por 24 meses. Após a confirmação da eficácia da vacina, os pacientes voluntários que tomaram o placebo terão prioridade para receber o imunizante”, explica o comunicado.

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