CPI da Petrobras ouvirá 14 pessoas na próxima semana

  • Por Agência Câmara Notícias
  • 02/06/2015 11h38
Marcelo Camargo/Agência Brasil CPI da Petrobras

Depois de mais um dia em que os depoentes foram dispensados depois de se recusarem a responder perguntas dos deputados, a CPI da Petrobras marcou 14 depoimentos para a próxima semana. 

Na reunião desta terça-feira (02), os executivos Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da Construtora Mendes Júnior, e Dario Queiroz Galvão Filho, presidente da Galvão Engenharia, denunciados por pagamento de propina e lavagem de dinheiro, disseram que usariam o direito de permanecer calados para não se autoincriminar.

Os dois estão em prisão domiciliar e a dispensa deles foi criticada por alguns integrantes da CPI, que queriam perguntar mesmo com a predisposição deles de não responder. “A CPI tem uma função didática, de mostrar ao País como funciona o esquema. E muitas vezes o depoente diz que não vai fala e acaba falando, como o ex-deputado Pedro Corrêa”, disse o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). 

Próximos depoimentos

Na próxima semana, o depoimento mais aguardado é o do empresário Júlio Faerman, ex-representante comercial da empresa holandesa SBM Offshore no Brasil. Ele é suspeito de ter feito pagamento de propinas a ex-diretores da Petrobras em troca de contratos com a estatal. Ele será ouvido na terça-feira (9).

Faerman já havia sido convocado a depor, mas não foi localizado. Ele se dispôs a depor depois que a CPI aprovou a convocação do filho e do sócio dele. 

Na segunda-feira (8), serão ouvidos sete funcionários da Petrobras que tiveram participação nas obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP).

Na quarta (10), serão ouvidos outros seis funcionários de segundo e terceiro escalão da Petrobras, envolvidos em processos de licitação, compras e até comunicação da empresa.

Na quinta-feira (11), a CPI vai se reunir para votar requerimentos de convocação. O presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), quer votar pedidos de acareação entre acusados que fizeram acordo de delação premiada com a Justiça – como o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco.

Mas há outros pedidos que devem ser votados. Um deles é o depoimento do empresário Júlio Camargo, um dos delatores do esquema, que relatou em depoimentos ter feito pagamento de propina a diretores e agentes políticos.

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