Crime organizado no Rio está ‘muito próximo do terrorismo’, diz Witzel
O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse hoje (30) que o crime organizado que age no estado se comporta como terrorista e que, por isso, pretende adotar técnicas israelenses na área de segurança.
O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse hoje (30) que o crime organizado que age no estado se comporta como terrorista e que, por isso, pretende adotar técnicas israelenses na área de segurança. Witzel participou de um encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na zona sul do Rio de Janeiro. O futuro governador disse que pretende assinar um acordo de cooperação com Israel para treinamento de policiais.
“A forma pela qual os traficantes estão trabalhando para proteger a droga é com atos terroristas, com bomba, com pânico à população e uma afronta às instituições. Então a gente precisa trabalhar e enfrentá-los como eles estão se comportando, como terroristas”, disse Witzel.
“Ou a gente manda pra lá ou o pessoal de lá vem pra cá. Eu acho muito importante um grupo de policiais nossos ir a Israel, para conhecer o sistema funcionando na prática, e vir para o Brasil e ser difusores das ideias e das técnicas que lá eles aprenderam. Um curso rápido, mas que já vai ser muito importante para a gente aprimorar o trabalho de combate ao crime organizado, que hoje está muito próximo do terrorismo”.
Witzel disse também que pretende adotar tecnologia de reconhecimento facial, para impedir “pessoas envolvidas no crime organizado de circular livremente pela cidade e pelo estado”. “Agora em janeiro eu já pretendo fazer um convênio com as empresas que têm sistema de vigilância, como supermercados e shoppings, todos os lugares que têm câmera, com possibilidade de reconhecimento facial. Nós vamos disponibilizar o álbum, com mandado de prisão em aberto, e uma vez identificadas essas pessoas, nós vamos prender. Isso já vai ser um ganho muito grande de efetividade, porque o crime organizado não vai mais poder circular facilmente pelas ruas e isso vai facilitar o trabalho da polícia”.
O governador eleito complementou sua fala dizendo que está “torcendo” para que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, faça um acordo de cooperação com Israel “do tipo guarda-chuva”, para que os estados possam aderir de forma mais fácil.
“Eu quero ser o primeiro estado a participar do acordo, para poder estarmos junto ao Instituto Weizmann [de pesquisa em ciências], a estarmos junto à polícia, ao exército israelense e trocarmos experiência, que são experiências comum. Aqui temos um grave problema de violência, do crime organizado, que está cada vez mais próxima de atos terroristas. E a nossa polícia precisa aprender a lidar com esse tipo de organização criminosa”. Segundo o governador, após resolver o problema da criminalidade, poderá investir no turismo e “trazer de volta a esperança para uma terra de esperança”.
*com informações da Agência Brasil
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.